De Brasília
As cotas para senadores e deputados federais são utilizadas para pagar despesas com passagem aérea, aluguel de imóvel para escritório nos Estados, água, luz, telefone e material de consumo. No entanto, há despesas que não fazem o menor sentido, como quantidade exagerada de combustível, pagamento de consultorias técnicas, aluguel de veículos e contratação de serviço de segurança privada.
O MS em Brasília divulgou ontem levantamento em que aponta gasto de R$ 1 milhão por senadores e deputados sul-mato-grossense entre janeiro e maio deste ano. Vander Loubet (PT), Dagoberto Nogueira (PDT) e Beto Pereira (PSDB) foram os que mais pediram ressarcimento de despesas.
Os parlamentares abusam nos pedidos de ressarcimento nessas rubricas. O campeão em gastos, o petista Vander Loubet informou à Câmara dos Deputados que pagou R$ 124 mil na divulgação da atividade parlamentar. Isso representa 61% de todas as despesas reembolsadas nos cinco primeiros meses do ano pelo parlamentar.
O deputado Beto Pereira, por exemplo, pediu o reembolso de R$ 23 mil em combustível, entre fevereiro e maio. Valor que daria para comprar 5 mil litros de gasolina, ao preço de R$ 4,50 o litro, quantidade suficiente para rodar 50 mil quilômetros. Já Dagoberto pediu reembolso de R$ 47 mil, que teriam sido pagos por serviço de consultoria, de janeiro a maio.
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