Ministro mais polêmico na história do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes publicou mensagem ontem (31/7), em sua conta no Twitter, em que manifesta solidariedade aos familiares dos 57 presos mortos na rebelião de Altamira, no Pará.
O MS em Brasília fez varredura nos tuítes e concluiu que o ministro não teve a mesma atitude quando morreram 242 pessoas no rompimento da barragem da Vale, em Brumadinho (MG). No Twitter, Mendes apareceu no dia 24 de janeiro e retornou no dia 28, três dias após a tragédia, dia 25.
Nas condolências prestadas às famílias dos mortos na rebelião, o ministro fez duras críticas ao sistema carcerário brasileiro e responsabilizou o poder público por não garantir a segurança nem dar dignidade aos detentos.
“Manifesto solidariedade aos familiares das vítimas do massacre em Altamira (PA). A carnificina ocorrida é um retrato cruel e bárbaro da imensa falha do poder público em garantir segurança e dignidade aos presos”, escreveu.
Em seguida, Mendes fez outro comentário, dessa vez atribuindo também ao Judiciário responsabilidade pela situação dos presídios, a qual ele classificou de “calamitosa”.
“A responsabilidade pela situação calamitosa das nossas prisões recai também sobre o Poder Judiciário. A demora na realização de audiências de custódia, o congestionamento da apreciação de progressões de regime e a ausência de informações integradas são gargalos a serem superados”, concluiu.
Os comentários do ministro repercutiram negativamente. Ele foi bastante contestado por seus seguidores, a maioria com críticas sobre suas decisões em relação à libertação de investigados pela Operação Lava Jato, então comandada pelo ex-juiz Sérgio Moro, atual ministro da Justiça e Segurança Pública, e pelo procurador Deltan Dallagnol.
Leia alguns comentários de seguidores do ministro: