De Brasília
Eleito deputado estadual com 78 mil votos, a maior votação para o cargo na história, Capitão Contar (PSL) é o que melhor representa a chamada “nova política” em Mato Grosso do Sul, pregada por vários atores políticos a partir de 2019.
O MS em Brasília foi lançado em maio deste ano e, de lá pra cá, acompanhou os trabalhos de senadores, deputados federais e deputados estaduais. Em todas as avaliações do site, realizadas por especialistas em contas públicas e cientistas políticos, o militar-político foi destaque. É a “nova política”, de fato.
Contar, por exemplo, é o deputado estadual com melhor aproveitamento dos projetos apresentados. Reportagem publicada pelo MS em Brasília em 9 de outubro mostrou que o peselista teve 70% das suas propostas consideradas viáveis.
Duas semanas depois, o MS em Brasília divulgou relação dos deputados estaduais que mais gastam dinheiro da cota para exercício da atividade parlamentar. Capitão Contar, novamente, apareceu como o que menos gasta, ao mesmo tempo em que o deputado Márcio Fernandes (MDB) foi o que mais usou a cota.
Semanas atrás, Contar decidiu recolher assinaturas dos colegas deputados a fim de criar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o aumento na conta de energia elétrica em Mato Grosso do Sul. O pedido de CPI da Energisa recebeu apoio de seis parlamentares, número insuficiente para instaurar o procedimento.
Hoje, quarta-feira (6), os deputados estaduais deram entrada a um novo pedido de CPI da Energisa com 17 assinaturas. Evidentemente que a “velha política” se sentiu pressionada a sabotar a proposta de Contar para, digamos, não lhe entregar os louros da reação contra o aumento da luz do sul-mato-grossense. Bobagem!
Quer queira quer não, Capitão Contar tem demonstrado ser integrante legítimo da “nova política”, diferentemente do seu colega Loester Trutis. O deputado federal usou R$ 185 mil de dinheiro público para pagar escritório de advocacia em Campo Grande.
Acinte à inteligência do povo. Trutis tem disponíveis, por mês, R$ 111 mil em recursos da Câmara para contratar assessores de diversas áreas, como a jurídica. Até agora o parlamentar gastou R$ 769 mil com o salário de assessores. Por que então contratar advogados fora do quadro?
A “nova política” não se faz com declarações estapafúrdias e espalhafatosas para ganhar holofote. Faz-se com atitudes e exemplos, dando ao cidadão a percepção de que seus representantes respeitam à coisa pública, especialmente àquilo que é caro à maioria maciça dos brasileiros: a correção dos seus atos.
Viva, de fato, a nova política!