De Brasília
Os 513 deputados federais tiveram um custo de R$ 730 milhões nos nove primeiros meses do ano, de acordo com levantamento feito pelo MS em Brasília no Portal Transparência da Câmara dos Deputados. Em média, cada parlamentar custou R$ 1,4 milhão aos cofres públicos, valor que deverá alcançar R$ 2 milhões até o final do ano.
Esse volume expressivo de recursos, no entanto, refere-se somente a despesas diretas com os parlamentares. Não estão computados, por exemplo, gastos com o pagamento de água, luz, internet e telefone dos gabinetes em Brasília, nem com os servidores efetivos e funcionários terceirizados, além de material de expediente.
Dentro do valor de R$ 730 milhões, estão registradas despesas com passagens aéreas, aluguel, água, luz, internet e telefone do escritório de apoio nos Estados, divulgação da atividade parlamentar, contratação de consultorias técnicas, além do pagamento do salário de funcionários comissionados e dos próprios vencimentos dos deputados.
De acordo com os dados, os funcionários comissionados consumiram R$ 420 milhões em salário de fevereiro a outubro, enquanto o pagamento da folha dos 513 deputados somou R$ 155 milhões em nove meses. O salário de um parlamentar é R$ 33.763,00. As despesas com a “cota para exercício da atividade parlamentar” alcançaram a expressiva quantia de R$ 142 milhões.
Desse montante, R$ 36 milhões foram para pagar passagens aéreas, enquanto que o valor das despesas com a divulgação parlamentar atingiu R$ 31 milhões, seguido de aluguel de veículos, cujos gastos somaram R$ 19 milhões entre fevereiro e outubro.
A Câmara dos Deputados também destinou R$ 5 milhões para pagamento de auxílio-moradia. O valor, aparentemente baixo, se dá em razão de que 374 deputados moram em apartamentos funcionais. As despesas com viagens oficiais, segundo o Portal Transparência, atingiram outros R$ 5 milhões.
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