De Brasília
Os gastos do Supremo Tribunal Federal (STF) com despesas não obrigatórias (discricionárias) tiveram aumento de 31% sob a presidência do ministro José Antonio Dias Toffoli.
Entre setembro de 2018, quando Toffoli assumiu a presidência do STF, e setembro deste ano, as despesas com passagens aéreas, diárias, ajuda de custo e auxílio moradia a ministros e servidores efetivos totalizaram R$ 3,82 milhões.
No último ano da gestão da antecessora Carmen Lúcia, por exemplo, esses gastos somaram R$ 2,9 milhões, crescimento de 31%, segundo levantamento feito pelo MS em Brasília.
O valor utilizado na compra de passagens aéreas para ministros e servidores também teve aumento, de 67%, no primeiro ano da gestão Toffoli, na comparação com o ultimo ano da presidência de Carmen Lúcia.
O montante saltou de R$ 1,08 milhão entre agosto de 2017 e agosto de 2018 para R$ 1,81 milhão entre setembro de 2018 e setembro de 2019.
As despesas pessoais de Toffoli com diárias em viagens para o exterior e no país também chamam a atenção. Em 2018 e 2019, o presidente fez 11 viagens, sendo seis para o exterior e cinco no país, pelas quais recebeu R$ 104 mil em diárias.
Nesse período, apenas Toffoli viajou a trabalho entre os 11 ministros, cujos deslocamentos tenham gerado diárias. Em seus dois anos como presidente do STF, Carmen Lúcia não recebeu diária, segundo o portal transparência da Suprema Corte.
A gestão de Toffoli deve fechar o ano com gastos recordes em diárias, ajuda de custo, passagens aéreas e auxílio moradia. Em dois anos sob o comando de Carmen Lúcia, foram pagos R$ 5,94 milhões, montante que deverá atingir R$ 6 milhões em apenas um ano com atual presidente.
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