De Brasília
O ministro da Saúde, o general Eduardo Pazuello, resolveu se defender dos ataques que têm sofrido pelo fato de não ser médico. Em entrevista à revista VEJA, Pazuello não poupou Luiz Henrique Mandetta e rebateu as críticas que o ex-ministro tem feito por meio da imprensa.
Segundo o atual ministro, o país adotou protocolos errados que levaram a mortes, provocaram medo na população e o colapso dos hospitais.
Isso porque, diz, a recomendação inicial do ministério era para que, mesmo diante dos primeiros sintomas de Covid, o paciente ficasse em casa e apenas procurasse um médico no caso do agravamento do quadro.
“Com isso, as pessoas morreram em casa, morreram no carro, indo para a UPA”, afirma, ponderando que, na ocasião, era o que tinha de certo.
Pazuello critica a forma com que Mandetta conduziu o combate ao coronavírus no início, com exposição política da pandemia. “Mas ele poderia ter usado o tempo dele melhor, ao invés de ficar dando entrevistas por quatro horas todos os dias”, alfineta.
Além de mudar essa orientação de tratamento, o general diz que o ministério criou alguns procedimentos que foram fundamentais para o enfrentamento da pandemia nas regiões Norte e Nordeste.
E garante: o Brasil, apesar das críticas, será reconhecido como um exemplo positivo no combate ao coronavírus.