De Campo Grande
O deputado federal Loester de Souza (PSL), o Trutis, preso ontem (12) na Operação Tracker, deflagrada pela Polícia Federal para investigar o suposto atentado contra o parlamentar, afirmou nesta sexta-feira (13), pelas redes sociais, que está sendo perseguido pelo “sistema”.
O parlamentar foi preso em flagrante por posse ilegal de armas, de uso restrito das Forças Armadas, entre elas um fuzil. Na noite de ontem, no entanto, foi libertado por determinação da ministra Rosa Weber, do STF.
“O sistema é foda, parceiro. E assassinato de reputação é uma das suas especialidades. Tentaram tirar a minha vida e agora o sistema tenta jogar a culpa em mim mesmo, inventam mentiras sistêmicas, e o plano é claro, eles têm o intuito de me impedir de tentar qualquer candidatura em 2022”, afirma.
Após oito meses de investigação, a PF de Mato Grosso do Sul encaminhou inquérito à Procuradoria-Geral da República (PGR) em Brasília, já que o deputado tem foro privilegiado.
Com base em laudos técnicos periciais, a PGR pediu ao Supremo Tribunal Federal autorização para realizar as ações de busca e apreensão na casa do deputado em Campo Grande e em outros endereços de envolvidos no suposto atentado de 16 de fevereiro deste ano.
No entendimento da PGR, Trutis forjou o atentado para se promover politicamente. “Não importa a quantidade de coisas boas que eu faça, sempre serei tratado como vilão”, se vitimiza o parlamentar.
Trutis se compara ao presidente Jair Bolsonaro, que recebeu uma facada durante a campanha presidencial de 2018. “Se você acredita que eu realmente seria capaz de atirar em meu próprio carro, você fez parte das pessoas que acreditam que o presidente Jair Bolsonaro forjou a própria facada”, afirmou.