LABAREDAS, a coluna – Informações, análises e opiniões sobre o cotidiano
“Ser ou não ser”
DENTRO ou fora. O promotor de Justiça Sérgio Harfouche (Avante), que teve a candidatura à Prefeitura de Campo Grande impugnada pelo Tribunal de Justiça, tem pouco mais de ano para decidir se pede demissão do Ministério Público, ou se abandona de vez o desejo de exercer cargo eletivo.
Ao evitar que seu processo subisse ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Harfouche não quis “pagar para ver”, certamente receoso de que o recurso seria negado e os votos recebidos como candidato a prefeito, anulados.
A Emenda Constitucional nº 45/2004, deu nova redação ao artigo 128, § 5º, inciso II, “e”, da Constituição, “vedando-se o exercício de atividade político-partidária, sem exceções”. O imbróglio em que Harfouche está metido começa aí — e ninguém é culpado, muito menos a mídia, a não ser o próprio promotor.
Debate jurídico à parte, a atitude do promotor, de insistir com a candidatura impugnada, sem garantia de reverter a decisão, tem sido criticada. Os votos que poderiam ir para algum candidato com perfil semelhante ao dele acabam anulados ao final do pleito. E os eleitores — que votaram nele de boa-fé — perdem a chance de apoiar nomes habilitados eleitoralmente.
Faturando alto
O MS EM BRASÍLIA divulgou nessa segunda-feira reportagem com análise sobre a prestação de contas preliminar dos candidatos a prefeito de Campo Grande (ver aqui). Foram muitos os achados. Um deles, o gasto por voto. O deputado federal Dagoberto (PDT) e o ex-secretário de Estado Marcelo Miglioli (Solidariedade) gastaram tubos de dinheiro — mais de um R$ 1 milhão cada. Mas tiveram resultados pífios, com 6.507 e 7.899 votos, ou R$ 178 e R$ 163 por voto. Vinicius Siqueira (PSL) gastou R$ 2 por voto, quase 90 vezes menor.
Encontramos mais fatos curiosos. Escritórios de advocacia aparecem na maioria das prestações de contas dos candidatos a prefeito em Campo Grande — alguns faturando até R$ 100 mil na campanha. Justo numa das eleições mais tranquilas, com poucas ocorrências ou brigas judiciais entre coligações.
Fila da vacina
PROCURADORES e promotores querem que membros do Ministério Público recebam a vacina contra a Covid-19 antes da população. Argumentam que a atividade envolve risco a seus integrantes.
Experiente analista político não perdeu a chance para fustigá-los. “A vacina é para prevenir a Covid e não para combater hemorroidas”, brinca, afirmando que promotores trabalham “o dia todo sentados” e que, por isso, não correm mais risco de contágio do que o restante da população.
Bem das pernas
JORNALISTA que ficou 21 anos fora do Estado — e retornou recentemente a Campo Grande — tem dito que nunca tinha visto o Governo do Estado tão bem financeira e administrativamente. Segundo ele — que viveu tempos sombrios em que faltava dinheiro até para água potável (funcionários tinham que beber água da torneira) — a economia estadual não passa vergonha se participar de concurso nacional juntamente com os outros 26 Estados. “Éramos o patinho feio entre as federações e hoje temos ótimos indicadores econômicos”, diz ele.
Dagoberto e Vander
DOIS deputados federais — com vários mandatos nas costas — podem se aposentar a partir de 2023. Vander Loubet (PT) e Dagoberto Nogueira (PDT) foram eleitos em 2018 nos estertores do ponteiro do relógio, como diria o narrador esportivo em tempos passados.
Para continuarem na Câmara dos Deputados, petista e pedetista terão que melhorar o desempenho nas urnas. Dagoberto — que está no terceiro mandato de deputado federal — ficou em décimo lugar entre 14 candidatos a prefeito em Campo Grande, com miseráveis 6.507 votos. No quinto mandato consecutivo, Vander ve seu partido, o PT, diminuir de tamanho a cada eleição.
Tanto governo como prefeito, receberam altas verbas para Covid 19, muitos Estados estão sendo alvo da Polícia Federal para investigar possível roubos, uma vez que a licitação eram dispensadas pois se trata de doenças, e foi aí se aproveitando da doença para roubar é o fim da picada.