De Brasília
A advogada Raquelle Lisboa Alves foi nomeada dia 2 deste mês para o cargo de Assistente Técnico de Gabinete Adjunto (CNE-11), com salário de R$ 7.356,32, no gabinete da liderança do PSL na Câmara dos Deputados.
Ela é mulher do deputado federal Loester Trutis (PSL-MS), investigado pelo Supremo Tribunal Federal por supostamente ter forjado atentado contra ele em fevereiro do ano passado, entre Campo Grande e Sidrolândia.
Raquelle foi exonerada do gabinete de Trutis em agosto do ano passado para disputar as eleições municipais como vereadora em Campo Grande. A estratégia naufragou porque Trutis não conseguiu sair candidato a prefeito pelo PSL.
Para alcançar seus objetivos, o deputado passou rasteira em dois potenciais candidatos, o deputado estadual Capitão Contar e o vereador Vinicius Siqueira. O vereador, no entanto, obteve vitória na justiça eleitoral e disputou a prefeitura.
Trutis e Raquelle viraram notícia e até caso de polícia depois que o romance entre os dois foi descoberto. O deputado era casado e deixou a mulher, com quem tem três filhos, para ficar com a assessora. Ela se mudou para Campo Grande, onde passou a viver com o parlamentar na casa da mãe dele. O imóvel foi reformado para receber o casal.
Em janeiro deste ano, o MS em Brasília denunciou que o deputado federal tinha usado dinheiro da cota parlamentar para pagar R$ 38 mil de aluguel de uma casa de luxo, com 300 metros quadrados, onde viveu com a família em Campo Grande (ver aqui).
O cargo CNE, no entanto, só pode ser exercido em Brasília, conforme preve a Resolução 1/2007, da Câmara dos Deputados, em seu artigo 1º, parágrafo único. O ato proíbe o exercício da função fora das dependências da Casa.