BRASÍLIA
Aliado do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), o senador Jorginho Mello (PL-SC) virou notícia em todo o país ao enfrentar o senador Renan Calheiros (MDB-AL), em sessão de quinta-feira (23), na CPI da Pandemia, no Senado. O então senador sul-mato-grossense Waldemir Moka (MDB) fez o mesmo em 2017.
Em um dos momentos mais tensos de toda a CPI, os parlamentares trocaram acusações entre gritos de “vagabundo”, “ladrão”, “picareta” e “puxa-saco”. A confusão teve início depois de Calheiros afirmar que há corrupção na gestão de Jair Bolsonaro na compra de vacinas e insumos contra a pandemia.
Nesse momento, Jorginho, aliado de Bolsonaro, não gostou da declaração e tentou defender o presidente. “Não foi governo que escolheu [as empresas]. Foram os picaretas que tentaram vender”, disse o senador.
Daí em diante houve troca de xingamentos entre os parlamentares. Mello recebeu apoio nas redes sociais por ter encarado Calheiros, considerado parlamentar experiente, mas com “teto de vidro”, por responder a 17 processos no Supremo Tribunal Federal .
Senador Moka
Não foi a primeira vez que Renan Calheiros foi confrontado no Senado. Em maio de 2017, o ex-senador Moka enfrentou o parlamentar alagoano, durante votação de matéria de interesse do então governo do presidente Michel Temer (MDB). Embora fizesse parte do mesmo partido do presidente, Renan era oposição a Temer e Moka aliado.
Renan interrompeu discurso do senador sul-mato-grosense, que defendia projeto do Governo na tribuna, chamando Moka de “puxa saco”. Imediatamente, o sul-mato-grossense rebateu e classificou Renan de “safado” e “cínico”. Moka afirmou ainda que Renan não tinha mais o respeito da bancada emedebista na Casa (ver matéria aqui).