LABAREDAS, a coluna – Informações, análises e opiniões sobre o cotidiano
Ele não, ela não
Caso se confirme o que vem se desenhando nos bastidores, os eleitores de Mato Grosso do Sul poderão brincar com as hashtags #elenão, #elanão. É que o deputado federal Loester Carlos Gomes de Souza, o Trutis (PSL), deve disputar a reeleição em 2022, caso não seja condenado pelo Supremo Tribunal Federal no inquérito que investiga o suposto atentado contra ele e seu chefe de gabinete. A Polícia Federal concluiu que a ação foi uma farsa, montada por Trutis e assessor.
O parlamentar pretende ainda lançar Raquelle Lisboa Alves, sua atual mulher, a deputada estadual. Acredite! A moça não sabe nada de Mato Grosso do Sul, para onde se mudou recentemente, tomando o lugar da ex-esposa do deputado, uma médica veterinária que evita exposição. Portanto, #elenão e #elanão valerão para o casal.
Puccinelli volta?
É aguardado para outubro ou novembro o anúncio sobre o possível retorno do ex-governador André Puccinelli à vida pública. Longe dos olhos do eleitor, o “italiano” se move com cuidado, sondando cenários, fazendo cálculos e articulando possíveis composições. Puccinelli quer estar seguro de que pode concorrer em condições de igualdade com os demais candidatos ao Governo do Estado.
Na pista
Até agora apenas o secretário de Infraestrutura, Eduardo Riedel, parece certo na disputa pela sucessão de Reinaldo Azambuja. As gestões do tucano constroem caminho bastante seguro para a candidatura do seu secretário e homem forte dos programas bem-sucedidos no Estado.
Reinaldo não é dado a holofote, mas mantém ritmo de trabalho intenso e consistente. O fato de ser considerado um dos Estados mais competitivos do país, com indicadores fiscais e econômicos bastantes sólidos, põe o candidato do governo na dianteira dos demais, ainda que esteja engatinhando nas pesquisas.
Simone e Mandetta
O que a senadora Simone Tebet (MDB) e o ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta (DEM) têm comum? Quase nada. Apenas a oposição ácida a Jair Bolsonaro e a vontade de disputar a presidência sem votos. No entanto, eles podem terminar 2022 juntos. Isto é, têm tudo para abandonarem a vida pública, caso não consigam se viabilizar para comporem chapa à presidência.
Mudo no avião
Por falar na dupla Simone e Mandetta, dia desses eles embarcaram no mesmo voo rumo a Brasília. Sentaram-se em poltronas ao lado da outra, separadas apenas pelo corredor. Em mais de uma hora de viagem, não se falaram nem se olharam.
Sem modéstia
Apesar do sobrenome que remete para situações ou atos desprovidos de vaidade, despretensiosos, a deputada federal Rose Modesto (PSDB) não quer saber mais da Câmara dos Deputados. A Casa parece pequena para a tucana, que quer voos mais altos, Senado ou Governo do Estado.
Congestionamento 1
No entanto, ambos os caminhos pretendidos por Rose estarão congestionados. Para o Senado, a expectativa é que Tereza Cristina vá para a disputa, da mesma forma o secretário de Saúde Geraldo Resende (PSDB).
Há chance ainda de o deputado federal dr. Luiz Ovando (PSL) sair candidato com apoio de Bolsonaro, caso a ministra fique fora. O ex-senador Waldemir Moka (MDB) não decidiu se disputará as eleições em 2022, além de Simone Tebet, que terá de renovar o mandato de senadora caso queira permanecer por mais oito anos.
Congestionamento 2
Para o Governo, a estrada também estará movimentada. Além de Eduardo Riedel, possível candidato governista, há possibilidade de o prefeito de Campo Grande, Marcos Trad (PSD), ir para a disputa, embora pese contra ele uma gestão fiscal temerária à frente do município com constantes notas negativas do Tesouro Nacional e o risco de se desligar do cargo em abril, perder e ter que voltar para casa.
Há ainda André Puccinelli (ver nota acima) e o deputado estadual bolsonarista Capitão Contar (PSL), que não esconde o objetivo de se sentar na cadeira de Reinaldo Azambuja.