BRASÍLIA
O ex-juiz federal e ex-ministro da Justiça Sérgio Moro (Podemos-PR) está definitivamente inserido no contexto político do país. Sempre ponderado, com tom de voz baixo e raramente perdendo o equilíbrio, Moro começa a abrir sua caixa de ferramentas para contrapor a seus adversários nas próximas eleições.
Nesta segunda-feira, feriado de 15 de Novembro, o ex-juiz rebateu reportagem da Folha de S. Paulo em que o PT culpa Moro pelos problemas na Petrobras e quer atrelá-lo a alta no combustível.
“A Petrobras foi saqueada durante o governo do PT com bilhões de dólares em prejuízo. A empresa quase quebrou. Transformar bandidos em heróis e atribuir culpa a quem combateu o crime é estratégia para se alterar a verdade e inverter valores. Não vão enganar o povo brasileiro”, escreveu Moro, em sua conta no Twitter, onde tem mais de 3,3 milhões de seguidores.
O ex-ministro também comentou artigo da escritora e professora de Filosofia Catarina Rochamonte, sob o título “O impacto Sérgio Moro”, publicado na Folha. Em tuíte, a articulista diz: “Após o discurso de @SF_Moro, lulistas e ciristas, embora tontos, uniram-se aos seus congêneres bolsonaristas em ataques renovados contra o desafeto comum, numa escala crescente de fúria e desvario”.
Moro comentou: “Apesar dos ataques relatados no excelente artigo de @CRochamonte, seguiremos com a verdade ao nosso lado, sem ofensas e com confiança crescente”.
Semana passada o ex-ministro se filiou ao Podemos, onde fez discurso de pré-candidato a presidente. Caso dispute as eleições, Sérgio Moro pode enfrentar ex-presidente que mandou para a cadeia por corrupção e seu ex-chefe, o atual presidente Jair Bolsonaro, com quem teve divergências quando exerceu o cargo de ministro da Justiça.