CAMPO GRANDE
Entre os serviços mais mal avaliados pela população, a tarifa do transporte coletivo passa a custar R$ 4,40 em Campo Grande. O reajuste, publicado no Diário Oficial do Município quarta-feira (12), entra em vigor na próxima segunda-feira, 17.
Com o aumento determinado pelo prefeito Marquinhos Trad (PSD), Campo Grande passa a ter a quarta maior tarifa entre as 26 capitais, além de Brasília. O levantamento foi feito e divulgado pelo MS 1ª Edição, telejornal da TV Morena, afiliada da TV Globo.
Segundo o ranking, Brasília tem a tarifa mais alta, de R$ 5,50, seguida de Porto Alegre, no valor de R$ 4,80. Em terceiro lugar aparecem Belo Horizonte, além de Curitiba, Boa Vista e Florianópolis, capitais onde a tarifa é R$ 4,50.
Campo Grande aparece em quarto lugar ao lado das capitais Salvador e São Paulo, com valor da passagem de R$ 4,20.
O decreto com o aumento foi publicado quarta-feira (12). O valor passa dos atuais R$ 4,20 para R$ 4,40 nas linhas convencionais, reajuste de 4,76%. O valor das linhas circulares executivas sobe de R$ 5,15 para R$ 5,40. O troco máximo estipulado para as linhas circulares executivas, terminais de transbordo e estação Peg Fácil é de R$ 20,00.
Em datas especiais já definidas o preço da passagem será de 40% do valor da tarifa convencional, o que representa R$ 1,75. Esse valor será cobrado no Dia do Trabalho, Dia das Mães, Dia dos Pais, aniversário de Campo Grande, Finados, Natal e Ano Novo.
Aumento dado pelo prefeito Marquinhos Trad fez o preço da passagem atingir R$ 4,40, o quarto maior do país
De acordo com a medida publicada pela Agereg, a tarifa de datas especiais será exclusiva para pagamento com cartão eletrônico recarregável, o Smart Card.
O reajuste ocorreu após trabalhadores do transporte coletivo anunciarem uma greve, caso o Consórcio Guaicurus, grupo responsável pelo transporte coletivo e urbano da capital, não reajustasse o salário dos funcionários.
Após diversos impasses para evitar a greve, o Município avalia a isenção do Imposto Sobre Serviços (ISS), que corresponde a 5% do valor da tarifa, arcando também com os valores referentes ao passe dos alunos da Rede Municipal de Ensino (Reme), que equivale a 14,62% da gratuidade. Além disso, a capital considera pagar a tarifa técnica de R$ 5,15 para Serviços Públicos.
Servidores reivindicam
Após o prefeito de Campo Grande, Marcos Trad (PSD), declarar publicamente que reajuste salarial dos servidores neste ano ainda é incerto, o presidente do Sindicato dos Servidores de Campo Grande, vereador Marcos Cesar Tabosa, afirmou que a categoria irá atrás desse reajuste.
“Nós, servidores, vamos lutar pelos nossos direitos. A gente quer a reposição da inflação no salário e no vale-alimentação” — Presidente do Sisem Campo Grande
De acordo com Tabosa, a exigência será para que ao menos a inflação seja reposta no de acordo com o salário, sem vale-alimentação e em outros benefícios dados aos servidores. Ele ainda lembra que faz dois anos que não aumentou devido à pandemia de Covid-19.
“Nós, servidores, vamos lutar pelos nossos direitos. A gente quer a reposição da inflação no salário e no vale-alimentação.”
Quanto ao fato da prefeitura conceder ao Consórcio Guaicurus e não garantir o reajuste dos servidores, o presidente chama essa decisão de “tapa na cara” dos servidores concursados.
Há dinheiro
A Prefeitura de Campo Grande arrecadou R$ 270,7 milhões com o IPTU (Imposto Predial Territorial e Urbano) de 2022, de acordo com o secretário de Finanças e Planejamento, Pedro Pedrossian Neto. Em janeiro, quando, até dia 10 houve desconto de 20% à vista, foram R$ 224.358.857,30.
Segundo divulgado pelo secretário, o arrecadado neste ano supera 2021, quando, até janeiro, tinham entrado nos cofres públicos R$ 258.831.749,32. O crescimento de um ano ao outro representa 4,62%. O maior volume foi registrado no dia 6 de janeiro, quando foram registrados R$ 144.333.724,18.
Com informações do G1/MS e Diário MS News