CAMPO GRANDE
O governador Reinaldo Azambuja (PSDB) anunciou ontem (7) a liberação de R$ 16 milhões em recursos próprios para conclusão da obra do Hospital de Câncer Alfredo Abraão de Campo Grande. Com as contas em dia e situação fiscal confortável, Azambuja tem feito anúncios de investimentos em várias áreas no Estado.
A obra começou a ser executada em 2009 e teve que ser paralisada por falta de recursos do hospital. “Não dá pra deixar obra parada. É necessário colocar as estruturas a serviço da população. E é exatamente isso que está sendo feito em Campo Grande com a obra do Hospital de Câncer. A capacidade de leitos será triplicada, reforçando o atendimento aos pacientes com câncer em nosso Estado”, comentou o secretário de Infraestrutura, Eduardo Riedel (ver vídeo abaixo).
Riedel acrescentou que, desde o início do governo de Reinaldo Azambuja, há preocupação em concluir obras paralisadas em governos passados, como a do Aquário do Pantanal e Hospital do Trauma. “Temos esse compromisso com a população do Estado, de permitir que tenhamos estrutura em todas as áreas para atender bem as pessoas. Obras paradas significam prejuízos para os cofres públicos e, sobretudo, para a sociedade”, destacou.
O documento assinado pelo governador prevê a transferência dos recursos em cinco parcelas. A primeira será paga em cinco dias. “Já foram R$ 21 milhões do Estado colocados na estruturação física do Hospital de Câncer nos últimos anos. Com mais esses R$ 16 milhões, vamos mais que triplicar a capacidade de leitos, que vai sair dos atuais 58 para 202. Esse investimento faz parte da regionalização da saúde, para ampliar e melhorar o atendimento em todo o Estado”, afirmou o governador.
Obras paradas significam prejuízos para os cofres públicos e, sobretudo, para a sociedade” — Eduardo Riedel
Com apoio do Estado, a diretoria da unidade hospitalar estima finalizar o edifício em junho deste ano para começar a atender pacientes a partir de agosto. “Assim que o dinheiro cair na conta as obras recomeçam”, afirmou o diretor-presidente do HCAA, Amilcar Silva Júnior. Segundo ele, a mão de obra para a conclusão do prédio já está garantida, assim como o material de construção, que está armazenado em um depósito no próprio hospital.
Com área total de 10.340,3925 metros quadrados, o novo prédio do HCCA, anexo à construção antiga, na Rua Marechal Rondon, terá vinte leitos de UTI oncológicos, oito salas de cirurgia, 90 novos leitos de internação de adultos e dois andares exclusivos para o atendimento da oncologia pediátrica, com dez leitos de transplante de medula óssea e cinco leitos de UTI infantil.
O HCAA tem caráter filantrópico, beneficente e sem fins lucrativos, único hospital totalmente voltado para o tratamento do câncer no Estado, atendendo 98% de pacientes regulados pelo SUS, com média mensal de 1.200 tratamentos clínicos, 150 cirurgias oncológicas e 450 atendimentos de pacientes em radioterapia.
Parceria
Em 2015, início da gestão do governador Reinaldo Azambuja, cerca de R$ 15 milhões de recursos próprios do Estado foram investidos no término de dois pavimentos do HCAA: o subsolo e o térreo do prédio, que entraram em funcionamento no final do ano de 2016.
No subsolo hoje funciona o setor de imagens (Tomografia, Raio X, Mamografias, Ultrassom), Radiologia Intervencionista, Farmácia de apoio, Unidade de Terapia Intensiva (UTI), descanso médico e demais dependências de apoio.
No térreo, são prestados serviços de ambulatório médico, com 16 consultórios, nos quais atuam os profissionais médicos e a equipe multiprofissional, com uma média de 1.500 consultas ambulatoriais/mês em atenção especializada.
Além do aporte de mais de R$ 15 milhões para a obra física, o Estado enviou R$ 6 milhões em 2021 para o hospital comprar aparelhos de ar-condicionado, necessários para o funcionamento de alguns serviços. Os equipamentos possuem filtros de HEPA (High Efficiency Particulate Arrestance) – o mesmo sistema utilizado atualmente em aeronaves.
Mais opção
Após a conclusão de todo o prédio, segundo a diretoria do hospital, o 1º andar abrigará o Centro Cirúrgico e CME: 8 salas cirúrgicas e 9 leitos de recuperação. No 2º andar vão funcionar 20 leitos de UTI adulto. Já o 3º, 4º e 5º andares serão para internação de adultos, com 32 leitos por andar – 96 no total.
O 6º Andar será para internação pediátrica, com 27 leitos infantis. E no 7º andar funcionarão o ambulatório, a quimioterapia e as UTI’s pediátricas. Serão cinco leitos e 12 poltronas para quimioterapia das crianças.