CAMPO GRANDE
Irmão do ex-prefeito de Campo Grande Marquinhos Trad e do senador Nelsinho Trad, o deputado federal Fábio Trad atacou as manifestações dos bolsonaristas realizadas neste domingo em todo o país, inclusive em Campo Grande. Os irmãos Trad são todos do PSD, partido que faz oposição ao presidente Jair Bolsonaro (PL) no Congresso.
Em postagem no Twitter na noite de sábado (30), o parlamentar ironizou o alto custo de vários produtos. “Gasolina a preço de ouro, carne exposta em gôndolas refrigeradas lacradas a cadeado, gás sendo trocado por carvão e lenha, inflação em patamar inédito, custo de vida elevadíssimo. E a culpa é do Supremo Tribunal Federal?”, escreveu Fábio Trad, ironizando o fato de as manifestações de domingo terem tido como alvo o Supremo Tribunal Federal.
Bolsonaristas rechaçaram a mensagem do sul-mato-grossense: “Vou lhe informar com bastante clareza. Nos EUA, onde vivo há quase 30 anos, a inflação está beirando os 9%. Antes da pandemia, o galão de gasolina era vendido por US$ 1,85; hoje US$ 6. Os preços nas alturas e desabastecimento acelerado. Aluguéis, preços de imóveis pela hora da morte”, rebateu Solange Góes.
Ela continuou: “Então, caro político de oportunidade, procure se informar. Pergunto: seria burrice, falta de informação de qualidade ou deficiência no caráter? Seus eleitores se tiverem antenados saberão que pode estar divulgando fake news. Faça um Google search!”.
Tuiteiros mantiveram a linha de que a inflação causou impacto no mundo todo. “Não, Dr. Professor. O desequilíbrio é na economia mundial! No início da crise causada pela COVID-19, as condições mais restritivas de financiamento externo desencadearam saídas de capital repentinas e alta depreciação de taxas de câmbio em muitas economias de mercados emergentes”, rebateu a tuiteira La-Vanda.
Márcia Fusco argumentou que o STF foi responsável ao dar poder aos Estados e municípios no combate à pandemia. “Sim, o STF é responsável, deu “total poder “no combate à “pandemia” aos governos estaduais e municipais, ditadores fecharam tudo. Memória seletiva a sua, vida em primeiro lugar, a economia a gente vê depois e o depois sempre chega. Tá aí, agora não reclama”, rebateu.
A maioria das opiniões foi contrária ao posicionamento de Fábio Trad, todas elas se referindo ao discurso dos opositores do presidente Jair Bolsonaro, durante a pandemia, para que “as pessoas ficassem em casa porque a economia a gente veria depois”.
Outros aproveitaram para provocar Fábio Trad pelo fato de ele ser primo do ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta, demitido por Bolsonaro com pouco mais de um mês de pandemia. O perfil “Cidadão comum” afirmou que Trad ficará ainda mais revoltado com os próximos acontecimentos, entres eles a reeleição de Bolsonaro e a não reeleição do parlamentar.