CAMPO GRANDE
O deputado estadual Capitão Contar, pré-candidato ao Governo do Estado pelo PRTB, denuncia a falta de remédios nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) de Campo Grande. O parlamentar conta que pacientes e profissionais de saúde têm feito reclamações constantes sobre o desabastecimento em diversas unidades da capital.
“É inadmissível o que a população vem passando com a falta de medicamentos. Esse é um problema recorrente e que precisa ter solução. A lista de medicamentos em falta é grande e também faltam itens utilizados nas salas vermelhas, necessários na estabilização de pacientes. Saúde é coisa séria, não pode esperar”, argumenta Contar.
Entre os medicamentos em falta estão furosemida, isordil, clopidogrel, salbutamol, amoxicilina, clavunato, bromoprida, ibuprofeno entre outros. O deputado diz que não é o primeiro requerimento que ele encaminha à Secretaria Municipal de Saúde solicitando informações quanto à falta de medicamentos.
O MS em Brasília tem denunciado a falta de gestão em Campo Grande, cujo desleixo administrativo tem afetado o atendimento das unidades de saúde, com a falta de remédios e médicos. O dinheiro que deveria ser aplicado na compra de medicamentos e insumos hospitalares, o município tem gastado com a folha de pessoal (ver aqui).
Em 2021, o então prefeito Marquinhos Trad gastou R$ 207 milhões a mais com o pagamento do funcionalismo. Com isso, a prefeitura estourou o limite constitucional com essas despesas, de 54% da receita corrente líquida, as quais atingiram 59,16%.
Se o ex-prefeito, que renunciou ao cargo para disputar o governo, tivesse obedecido o “limite prudencial”, de 51,30%, não teria gastado R$ 310 milhões a mais. Esse dinheiro torrado a mais com funcionários teria alcançado a expressiva cifra de R$ 422 milhões, caso Marquinhos Trad tivesse respeitado o “limite de alerta”, de 48,60% da receita corrente líquida com pessoal.
Se o ex-prefeito Marquinhos Trad tivesse respeitado o limite de alerta com a folha de pessoal, teriam sobrado R$ 422 milhões para investir na saúde
Capitão Contar também pediu providências para a manutenção dos prédios das unidades de saúde no CRS Coophavila ll e USF Estrela Dalva, em Campo Grande. “Essas unidades foram afetadas pelas últimas chuvas, com vazamentos nos telhados, o que danificou equipamentos de saúde. É revoltante saber que as pacientes estão sendo atendidos em um ambiente inapropriado”.
Em dezembro de 2021, Capitão Contar apresentou projeto de lei prevendo a criação do Localiza Remédio (389/2021), sistema que iria garantir a divulgação de informações sobre o estoque de medicamentos de distribuição gratuita no Estado.
Em 2019, propôs o projeto 186/2019, que determinava a divulgação dos pacientes em fila de espera que aguardam por consultas (discriminadas por especialidade), exames e cirurgias nas unidades do Sistema Único de Saúde. Os dois projetos foram arquivados pela Comissão de Constituição, Justiça e Redação.