CAMPO GRANDE
Bolsonaristas em Mato Grosso do Sul articulam a união de todas as correntes, num mesmo palanque, para dar sustentação à reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL). As articulações têm sido comandadas pela ex-ministra Tereza Cristina (PP), pré-candidata ao Senado, e por interlocutores de grupos tucanos no Estado. A aliança pode unir PSDB, PP, PL e PRTB.
A primeira tentativa foi feita por Tereza Cristina. Ela teria oferecido a primeira suplência ao Senado ao deputado estadual Capitão Contar (PRTB). Contar, no entanto, mantém o projeto de disputar o Governo do Estado, segundo apurou o site de notícias Campo Grande News.
Uma outra opção – e talvez a mais viável até o momento – é Contar compor chapa com o ex-secretário Eduardo Riedel (PSDB), pré-candidato ao governo. Riedel é o candidato que mais tem reunido apoio até o momento.
São mais de 70 prefeitos, pelo menos 20 dos 24 deputados estaduais e centenas de vereadores. A expectativa de aliados é que Riedel chegue em julho brigando pelo primeiro lugar, com um pé no segundo turno.
“O Riedel está preparando um colchão consistente. Esse resultado aparecerá mais adiante. Além disso, é o único que tem apresentado propostas nas reuniões das quais participa. Ele tem um projeto para Mato Grosso do Sul; os outros não”, reforça aliado do tucano.
“O Riedel está preparando um colchão consistente. Esse resultado aparecerá mais adiante”
Com a chapa Riedel-Contar, Bolsonaro teria um palanque único em Mato Grosso do Sul, uma vez que Eduardo Riedel garante ser eleitor do presidente e não pretende mudar de voto em 2022.
“Votei no Bolsonaro no segundo turno de 2018. Com a terceira via praticamente estacionada, a tendência é manter nosso apoio integral ao presidente”, afirmou Riedel nesta semana, em uma das reuniões que tem feito com eleitores do Estado.
Para montar a chapa dos sonhos com Riedel-Contar, há disposição de assumir compromisso de, caso a aliança saia vencedora ao governo do Estado, lançar Contar a prefeito de Campo Grande com apoio desse mesmo grupo.
O obstáculo é o próprio Capitão. Ele não quer abandonar o projeto de virar governador, momento para o qual se preparou desde a posse como o deputado mais votado, em fevereiro de 2019. Há entendimento dentro do grupo do bolsonarista de que ele possa repetir o fenômeno de 2018, dessa vez na disputa pelo Governo.