CAMPO GRANDE
Mato Grosso do Sul alcançou nota máxima em gestão fiscal e financeira, segundo dados da Secretaria de Tesouro Nacional. O governo de Reinaldo Azambuja conquistou nota A na avaliação Capag (Capacidade de pagamento). Em sete anos, o Estado saiu de nota D, a pior avaliação, para A, a mais alta.
O resultado foi enviado ao Governo do Estado na tarde desta segunda-feira (19) por meio de ofício do Ministério da Economia.
O indicador Capag foi criado pelo Tesouro Nacional para avaliar as condições financeiras de estados e municípios e verificar se há equilíbrio fiscal entre o que se arrecada e o que se gasta.
“Assumimos o Governo oito anos atrás com Mato Grosso do Sul na letra D, em último lugar no ranking. Depois de um trabalho intenso, conseguimos a nota máxima que coloca nosso Estado como uma potência econômico e financeira. Essa nota mostra que temos capacidade para pagar a dívida pública, cumprir com compromissos e ainda fazer investimentos. Demonstra ainda nossa seriedade com a administração pública”, destacou o governador Reinaldo Azambuja.
A nota máxima foi atribuída pelo Tesouro Nacional após análise dos dados fiscais de Mato Grosso do Sul referentes aos anos de 2021 e 2022.
“Assumimos o Governo oito anos atrás com Mato Grosso do Sul na letra D, em último lugar no ranking” — Governador Reinaldo Azambuja
Segundo nota técnica enviada pelo Tesouro, Mato Grosso do Sul cumpriu as seis metas estabelecidas pelo Programa de Reestruturação e Ajuste Fiscal (PAF): endividamento, resultado primário, despesa com pessoal, arrecadação própria, gestão pública e caixa líquido.
Com a nota A, o Estado mostra que possui saúde fiscal. “Através dessa classificação, potenciais investidores têm a tranquilidade de aplicar recursos em Mato Grosso do Sul, sabendo que somos um estado com solidez responsabilidade fiscal”, ressaltou Reinaldo Azambuja.
Campo Grande reprovada
Diferentemente do Estado, a gestão de Marquinhos Trad (PSD) foi reprovada todos os anos, entre 2017 e março de 2022, pelo Tesouro Nacional. O município está a menos de dois pontos percentuais de gastar mais do que arrecada, o que poderia gerar insolvência financeira nos pagamentos de despesas obrigatórias, por exemplo.
Levantamento feito em julho deste ano pelo MS em Brasília com base na prévia fiscal do Tesouro Nacional, referente ao primeiro quadrimestre deste ano (janeiro, fevereiro, março e abril), apontou Campo Grande como a pior gestão entre os 79 municípios sul-mato-grossenses (ver aqui).
Levantamento apontou Campo Grande como a pior gestão entre os 79 municípios de MS
O site analisou os principais indicadores fiscais e econômicos do Tesouro Nacional, responsável pela análise das contas de Estados e municípios: a nota Capag (Capacidade de Pagamento), a Poupança Corrente Líquida (PCL) e a despesa com a folha de pagamento do funcionalismo, limitada a 54% da receita corrente líquida.
A Capital foi reprovada nos três itens analisados. Além de estar com as despesas de pessoal acima do limite constitucional de 54%, a gestão de Marquinhos Trad e agora de Adriane Lopes (Patriota) tem nota C no item Capacidade de Pagamento e despesa corrente líquida estourada.