BRASÍLIA
Candidata à Presidência pelo União Brasil, a senadora Soraya Thronicke obteve 8.082 votos em Mato Grosso do Sul, seu Estado de origem. Thronicke entrou na disputa pelas mãos do presidente da legenda, deputado federal reeleito Luciano Bivar (PE), que pegou o maior valor do fundo eleitoral, R$ 782 milhões.
A votação da senadora foi tão pífia, que ela não conseguiria uma das 24 vagas para a Assembleia Legislativa. A última vaga pelo critério de quociente eleitoral ficou com o deputado Rinaldo Modesto (Podemos), que teve 12.800 votos.
Dados preliminares do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) até esta terça-feira (4) indicam que a candidata do União gastou R$ 28.869.673,17 em sua campanha. Thronicke teve 600.955 votos no geral, o que dá uma média de R$ 48 por voto, uma fortuna se levar em conta que o voto não é vendido.
O valor unitário por voto recebido pela senadora será ainda maior depois que as despesas totais da campanha forem declaradas ao TSE. Já cada voto recebido por Simone Tebet (MDB) custou R$ 6,70, sete vezes menor em relação à colega de bancada no Senado. Ela teve 4,99 milhões de votos.
No debate na TV Bandeirantes, no primeiro turno, a candidata do União considerou “pequeno” o valor do fundo eleitoral destinado aos partidos políticos. Segundo ela, o valor de R$ 4,9 bilhões se torna “pouco” depois de diluído.
Voto barato
O voto mais barato até agora entre os presidenciáveis é do presidente Jair Bolsonaro (PL). A votação dele atingiu 51 milhões, com despesas declaradas de R$ 15 milhões, o que dá média de R$ 0,29 por voto.
O candidato petista Luiz Inácio Lula da Silva, que declarou ter gastado até o momento R$ 67 milhões, teve média de R$ 1,17 por um dos 57 milhões de votos conquistados no último domingo, segundo o TSE.
Ciro Gomes, do PDT, obteve 3,5 milhões de votos, com despesas declaradas de R$ 31 milhões, o segundo maior gasto por voto, R$ 8,85, conforme dados preliminares.