BRASÍLIA
A senadora Simone Tebet, ex-candidata à Presidência da República pelo MDB, está em forte campanha para a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva. Desde o anúncio do seu apoio ao petista, a senadora tem feito ataques diários ao presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição.
A ex-candidata utiliza seu perfil no Twitter para fazer campanha por Lula. Nesta sexta-feira (14), Tebet criticou corte de verba destinada à construção de creches no país. No entanto, a rubrica deverá receber emendas do relator-geral do Orçamento como ocorre em todos os anos.
“Mais um corte para construção de creches e pré-escola no atual governo. Em 2021, o orçamento previa R$220 milhões. Em 2022, caiu pra R$100 milhões. Para 2023 está previsto R$2,5 milhões, dinheiro suficiente para construir apenas cinco escolas”, tuitou no final da manhã.
“É preciso derrotar Bolsonaro. Vamos reverter no @SenadoFederal esse corte”, completou, dando a entender que o Governo federal deixou espaço para que o Congresso destine mais recursos ao programa.
Tebet também destacou notícia sobre a descoberta de suposto desvio de recursos do chamado “Orçamento Secreto”. Ocorre que os envolvidos são ligados ao ex-governador do Maranhão Flávio Dino, do PDT, aliado do ex-presidente Lula.
“O escândalo do orçamento secreto começa a ser desvendado. Hoje, a Polícia Federal prendeu duas pessoas no Maranhão, suspeitos de atuar em uma ampla rede criminosa envolvendo o SUS”, escreveu.
Aparentemente sem saber quem eram os acusados presos em operação da Polícia Federal naquele Estado, a apoiadora de Lula comentou: “Os dois presos de hoje solicitaram R$ 69 milhões em emendas de relator-geral para municípios do Estado. Podemos estar diante do maior esquema de corrupção que já existiu na história”.
Ao mesmo tempo em que acusa Bolsonaro pelo tal “orçamento secreto”, Tebet admite que as emendas são de exclusividade do relator-geral, conforme escreveu. Ela fechou seu comentário no Twitter com o bordão que passou a utilizar: “É preciso derrotar Bolsonaro e acabar com o orçamento Secreto”.
Silêncio
Em outra postagem no dia 10, a senadora sul-mato-grossense destacou o dia nacional de luta contra a violência à mulher. “Hoje, no Dia Nacional de Luta contra a Violência à Mulher, reforço que a nossa luta precisa ser constante, persistente. Chega de machismo. Chega de violência contra mulher. O lugar da mulher é onde ela quiser”.
Simone, no entanto, não se posicionou em suas redes sociais sobre as acusações de crimes sexuais contra o ex-prefeito de Campo Grande Marquinhos Trad (PSD). Manteve-se em silêncio o tempo todo, mesmo quando o MS em Brasília a procurou para questionar sobre sua postura diante de caso grave. Afirmou apenas que “se manifestou sim a um jornal do Estado quando perguntada”.