CAMPO GRANDE
Está chegando ao fim o ciclo de dois mandatos do governador Reinaldo Azambuja (PSDB) no comando do governo de Mato Grosso do Sul. Em 1º de janeiro, quando passar o comando do Estado ao sucessor Eduardo Riedel (PSDB), Reinaldo Azambuja será o administrador estadual que mais cumpriu promessas de campanha e um dos que alcançaram o mais alto índice de aprovação da população – 73%, segundo pesquisa do Instituto Ranking realizada entre os dias 12 e 20 de dezembro, com 3 mil questionários, em 30 municípios do Estado.
O alto índice de aprovação está ligado aos números extraordinários alcançados pelo Estado a partir de 2015, quando Mato Grosso do Sul passou a compor todos os rankings sobre desenvolvimento econômico e social. Em 45 anos de criação, nunca o Estado registrou tantos números positivos como nesses oito anos da gestão tucana.
Os indicadores fiscais e econômicos de MS saltaram várias posições. Com as medidas e projetos de crescimento desenvolvidos a partir de 2015, Mato Grosso do Sul saiu da condição de “primo pobre” da economia nacional para se posicionar entre os oito primeiros Estados em crescimento econômico.
A pesquisa
Em relação à pesquisa do Instituto Ranking, 48,4% da população entende que Reinaldo Azambuja entrega o Estado “melhor” ou “muito melhor” (9.5%) do que os demais estados brasileiros, soma de indicadores positivos que equivale a 57,9% da opinião dos sul-mato-grossenses. Para 30%, o governo foi “regular” e apenas para 18% não teve bom desempenho e 3.3% não responderam.
Quando perguntados sobre a nota que dariam à atual administração, pontuando de 0 a 10, a média alcançada pela atual gestão foi 7. Para 14, 5% o governo foi nota 10; para 11% nota 9; para 26.5%, nota 8; para 14.5% , nota 7; para 8% nota 6.
Com as medidas e projetos de crescimento desenvolvidos a partir de 2015, Mato Grosso do Sul saiu da condição de “primo pobre” da economia nacional para se posicionar entre os oito primeiros Estados em crescimento econômico
A área com maior destaque no governo é a social, com 15.5% de citações, seguida do governo presente/obras nos municípios, 12%; investimento nos hospitais (9.90%); investimento em segurança (7.60%) e na educação, nas escolas em tempo integral (6.4%). O retorno dos impostos em forma de investimentos pontuou 5.5%.
Quando perguntados sobre o legado de Reinaldo Azambuja, os sul-mato-grossenses lembraram a conquista do equilíbrio financeiro (11.7%) e a boa qualidade da gestão (11,5%). Ainda neste segmento, receberam destaque o fato de não ter havido atraso de salários (9.3%); as edições das Caravanas da Saúde (8.2%) e, de novo, os programas sociais, com 7.8%. A avaliação específica na saúde pontuou 28,5% de ótimo/bom e 44% de regular. O combate a pandemia recebeu nota média de 6.8% e a regionalização 6.1%.
Na segurança, o item que ganhou maior reconhecimento foi a apreensão de drogas (6.8%) e a elucidação de homicídios (6,1%). O crescimento contínuo do Estado alcançou 6.8%, mesmo índice da atração de investimentos privados e a qualidade da infraestrutura.
Trajetória de crise e superação
Reinaldo Azambuja venceu as eleições de 2014 e interrompeu a polarização PMDB-PT vigente há duas décadas no Estado. Eleito, enfrentou diferentes crises, como grave recessão nacional que quase levou à ingovernabilidade os governos estaduais e municipais entre 2015-2016. Depois de fazer o ajuste fiscal e inúmeras reformas, a retomada foi interrompida pela pandemia de Covid-19. Ou seja, em 8 anos de governo, houve cinco crises.
Com responsabilidade fiscal, Reinaldo Azambuja é o único governador do MS que fez o seu sucessor, após dois mandatos. Ele deixa como legado o Estado que mais cresce no Brasil; o que mais faz investimentos por habitante; o 2º mais transparente, segundo o ranking dos Tribunais de Contas; o 3º como menor desemprego e uma das menores taxas de pobreza extrema do país.
Quando perguntados sobre o legado de Reinaldo Azambuja, os sul-mato-grossenses lembraram a conquista do equilíbrio financeiro (11.7%) e a boa qualidade da gestão
Sob o seu governo, o Estado iniciou o inédito processo de regionalização da saúde; construiu e reformou 4 hospitais regionais, além da conclusão e expansão dos hospitais do Trauma e do Câncer, também regionais, localizados em Campo Grande.
No campo social, lançou os maiores programas de transferência de renda da história do Estado, como o Mais Social e o Conta de Luz Zero. Na educação, implantou uma rede de escolas em tempo integral, que representa hoje a maior cobertura nacional desta modalidade de ensino; na segurança recuperou a capacidade operacional das Forças – o que tornou o Estado o 4o mais seguro do Brasil; o que mais apreende drogas e o segundo que mais elucida homicídios.
Azambuja implementou a rede de compliance para combater a corrupção no Estado; fez o primeiro inventário de gases de efeito estufa; viabilizou a Rota Bioceânica e assinou o marco regulatório ferroviário, preparatório para a retomada da nova Ferroeste e da Malha Oeste, além de ter assinado novo estatuto da microempresa.
No campo das parcerias público-privadas, contabilizou R$ 10,9 bilhões em novos investimentos de curto prazo, nas áreas de saneamento básico, rodoviária, infovias e energia. E atraiu cerca de R$ 60 bilhões de novos investimentos privados, proporcionando uma nova fase de industrialização do agro.
Ao promover o ajuste fiscal para sanear as contas públicas, que elevou o Estado ao mais alto conceito do Tesouro Nacional, com nota A no índice Capag, Reinaldo Azambuja fecha seu ciclo de governo com carga tributária menor do que a que recebeu do governo de André Puccinelli (MDB).
Reinaldo Azambuja fecha seu ciclo de governo com carga tributária menor do que a que recebeu do governo de André Puccinelli
Expectativa sobre o novo governo
Todo esse elenco de conquistas do Estado gerou uma forte expectativa sobre a gestão Eduardo Riedel, ex-secretário de Azambuja e candidato do seu grupo político, vencedor do último pleito.
Com a casa arrumada e o Estado em franco processo de crescimento, o cenário é de otimismo: para 62,5% da população Riedel fará uma administração ótima/boa; 28,5% um governo regular e apenas 5% têm expectativa negativa sobre a nova administração que se inicia.
Em solenidade nessa semana na cidade de Corumbá, a 427 quilômetros de Campo Grande, o governador Reinaldo Azambuja afirmou que, com as contas em ordem, seu sucessor pode começar 2023 com o pé no acelerador. Segundo ele, deixará o caixa com R$ 2,5 bilhões para fazer frente a despesas já contratadas.