CAMPO GRANDE
O governador Eduardo Riedel (PSDB) escolheu com bastante critério e rigor os secretários de governo, secretários-executivos, presidentes de fundações e assessores diretos para que possa cobrar resultados e o Estado atinja os objetivos traçados para os próximos quatro anos.
Um dos nomes escolhidos é o do ex-prefeito Pedro Arlei Caravina, de Bataguassu, município distante 312 quilômetros de Campo Grande. Delegado da Polícia Civil e deputado estadual eleito, Caravina administrou a cidade por dois mandatos.
A pasta é essencial para a implementação de políticas públicas em diversas áreas. O secretário também presidiu a Assomasul (Associação dos Municípios de Mato Grosso do Sul) também por dois mandatos.
Caravina garante que, com o entrosamento adquirido com o governador Eduardo Riedel e demais prefeitos sul-mato-grossenses, seguirá na trilha do municipalismo, além de manter a aproximação das secretarias com os principais pilares da atual gestão: inclusivo, próspero, verde e digital.
Confira a entrevista, na íntegra:
A Segov tem papel crucial de interlocutor com as secretarias, na execução de políticas públicas. O que esperar da pasta nesta nova gestão estadual?
Primeiro, pode esperar muito trabalho. Queremos trabalhar por Mato Grosso do Sul. A Segov faz a interlocução com as demais secretarias, de ser o facilitador para que essas pastas consigam executar suas políticas públicas, dentro do programa de contrato de gestão. É nesse programa em que as secretarias recebem e discutem suas demandas a cada ano. Então, o que se pode esperar é uma Secretaria de Governo e Gestão Estratégica bastante atuante, bem próxima das demais secretarias de Estado.
O plano de Governo impõe à gestão que ela seja inclusiva, próspera, verde e digital. Como a Segov vai promover esses pilares? O avanço dessas propostas será conjunto ou haverá uma etapa para cada uma delas?
Tudo será feito em conjunto, até porque esses pilares estão distribuídos nas atividades, nas demandas de cada secretaria. Quando você fala em Estado verde, existe algumas demandas que serão cumpridas na Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação, que é uma pasta que envolve o meio ambiente. Dentro da questão digital, temos a Secretaria-executiva de Transformação Digital, que vai centralizar todas essas ações voltadas ao Governo Digital, à modernização e digitalização dos serviços do Estado, facilitando o acesso para a população sul-mato-grossense. Tudo será tratado em conjunto, com cada secretaria de Estado dentro de sua área de atuação.
Vários projetos marcaram a evolução de Mato Grosso do Sul na última década. O que a população pode esperar quanto a isso nos próximos quatro anos?
A população pode esperar um Estado ainda mais moderno, mais responsável e ainda mais voltado à entrega de políticas públicas. Esse é o principal objetivo desse novo Governo, com modernidade, inclusão, prosperidade, transformando o Estado em mais digital, mais verde, mas, principalmente, na aplicação de programas voltados para melhorar a vida das pessoas. Dentro de nosso programa de trabalho, temos a continuidade do caminho do municipalismo, atendendo as pessoas onde elas estão, nos municípios. Vamos continuar fazendo essas parcerias com prefeituras e, além de entregas, agora teremos também a contrapartida através dos contratos de gestão. Os municípios deverão entregar melhorias nos indicadores de saúde, educação, assistência social. Enfim, tudo aquilo que melhora a vida das pessoas nas cidades.
Quais projetos devem ser executados? Podemos esperar mais parcerias externas, como acontece com as Parcerias Público-Privadas?
Essas parcerias externas deram resultado positivo. Temos a concessão do saneamento, que deve universalizar o acesso nos próximos anos, temos a Infovia que vai ser executada durante esse mandato e vai melhorar acesso internet em todo Mato Groso do Sul. São várias que vão continuar, pois mostraram que são eficientes.
O senhor foi prefeito por oito anos e também presidiu a Assomasul. Essa experiência contribui de que forma para agora atuar em uma pasta tão importante?
O viés municipalista é uma das bandeiras que vai continuar sendo perseguida na gestão do governador Eduardo Riedel. Foi um marco da gestão passada e mostrou que dá resultado positivo. O fato de ter sido prefeito por oito anos e presidente da Assomassul facilita esse trabalho. Conheço a realidade dos municípios, convivi com prefeitos. Entendo até que esse foi um dos motivos do convite do governador Riedel para que eu faça parte do Governo, por essa facilidade de acesso com os prefeitos. Vamos continuar trabalhando por isso, facilitando essa interlocução com municípios e entregando o necessário para os sul-mato-grossenses.
O atual governador Eduardo Riedel e o senhor atuaram juntos na Secretaria de Infraestrutura. Esse entrosamento com ele pode ter qual impacto na gestão?
Certamente, um impacto positivo, tanto a curto, médio e a longo prazo. Trabalhamos juntos na antiga Seinfra e tivemos sintonia na forma de pensar sobre a gestão eficiente, gestão de resultado. Tenho certeza de que, por conta dessa sintonia, conseguirei fazer esse trabalho de interlocução, de aproximação, sobre aquilo que pensa o governador com as demais secretarias, transformando as políticas públicas que ele colocou em seu plano de Governo em realidade.
Como o senhor ve esse início de trabalho e quais os desafios para cumprir?
Nosso sentimento agora é de otimismo. Prontos para o trabalho de um Governo que vai trazer mais modernidade, buscar mais eficiência, ser enxuto e trazer de forma responsável melhorias à população. Temos grandes desafios em várias áreas. Avançamos, mas precisamos avançar ainda mais. Um exemplo é a educação, onde temos o programa de escolas de tempo integral para ser executado no Estado. É uma meta dessa gestão. A Segov vai trabalhar para facilitar tudo o que foi pensado para esse Governo.