ANDRÉIA DE ARAÚJO, DE BRASÍLIA
Mato Grosso do Sul é o terceiro Estado do país onde o trabalhador tem maior capacitação e seu conhecimento produz impacto na economia. Essa e outras conclusões fazem parte do Ranking de Competitividade dos Estados de 2023, apresentado nesta quarta-feira (23) pelo Centro de Liderança Pública (CLP).
No quesito Capital Humano, os sul-mato-grossenses só perdem para Santa Catarina e Distrito Federal. Na comparação com 2022, Mato Grosso do Sul subiu 14 posições, saltando do 17º para o 3º lugar.
Investir na qualificação do trabalhador e permitir a inserção de jovens no mercado de trabalho foram compromissos assumidos por Eduardo Riedel durante as eleições do ano passado. Eleito governador, Riedel criou programas para oferecer ao setor privado mão-de-obra qualificada, como o Voucher Transportador.
O programa oferece qualificação para motorista de carga e ônibus, com habilitação das letras “D” e “E” na Carteira Nacional de Habilitação, sem custo para o trabalhador.
O CLP explica que, para avaliação do capital humano, foram considerados diversos fatores, em especial a qualificação dos trabalhadores, medido pelo número de anos de escolaridade, e a relação com a produtividade, que é dada pela razão entre o PIB e a população ocupada.
No quesito Capital Humano, os sul-mato-grossenses só perdem para Santa Catarina e Distrito Federal
Outros critérios, como o grau de formalidade do mercado de trabalho, inserção econômica dos jovens também foram avaliados.
“As unidades da federação mais bem colocadas, neste pilar, foram SC, DF e MS, nessa ordem. Em relação à edição passada, Santa Catarina subiu de 24° para 1° colocado, o maior avanço de posição no pilar, de 23 posições. E Mato Grosso do Sul subiu da 17ª posição para a 3ª posição. Por sua vez, o Distrito Federal caiu da 1ª para 2ª colocação”, destaca a publicação.
No Ranking geral de competitividade, Mato Grosso do Sul ficou em 9º lugar, caindo duas posições em relação ao ano passado. Outros pontos de destaque do Estado foram a quinta colocação em “Solidez Fiscal” e o sétimo lugar em “Infraestrutura” entre os 26 Estados e o Distrito Federal.
Em relação à Educação, “Sustentabilidade Ambiental” e “Potencial de Mercado”, Mato Grosso do Sul figurou na 13ª colocação, segundo o levantamento.
Na avaliação geral do estudo, o CLP destacou como pontos positivos da gestão do Estado: custo dos combustíveis, empreendimentos inovadores, taxa de investimento, índice de obesidade infantil, índice de educação da População Economicamente Ativa, índice de perda de água, a frequência líquida do Ensino Fundamental e o índice de transparência.
Outros pontos de destaque do Estado foram a 5ª colocação em “Solidez Fiscal” e o 7º lugar em “Infraestrutura”
Como aspectos negativos, o estudo destacou velocidade do desmatamento, custo da mão-de-obra, o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB), Prêmio Salarial Público-Privado, custo da energia elétrica, índice de pesquisa científica, comprometimento da renda, resultado primário, morbidade no trânsito e trabalho infantil.