CAMPO GRANDE
Com o voto de 100% dos delegados de Mato Grosso do Sul, o ex-senador Waldemir Moka foi eleito ontem à noite (25) presidente estadual do MDB. Nome de consenso entre os dirigentes municipais, o médico e professor não teve adversário.
A convenção para a escolha do presidente ocorreu das 13 às 17 horas, na sede do partido em Campo Grande. Entre os votantes estavam o ex-governador André Puccinelli, os deputados estaduais Junior Mochi e Renato Câmara, prefeitos, ex-prefeitos, vereadores e ex-vereadores.
É a terceira vez que o ex-senador comanda o MDB no Estado. O novo presidente assume a agremiação com objetivo de oxigenar as discussões em torno das eleições municipais, dando voz especialmente aos jovens filiados.
“Quero que os jovens tenham participação efetiva nas decisões do partido. Eles vão ter a companhia dos companheiros que militam há mais tempo na política. Vamos juntar a sensatez dos mais experientes com o arrojo e as ideias dos mais jovens sobre o mundo atual”, declarou Moka.
“Quero que os jovens tenham participação efetiva nas decisões do partido. Eles vão ter a companhia dos companheiros que militam há mais tempo na política” — Waldemir Moka, presidente eleito do MDB em MS
O novo presidente do MDB cita o prefeito de Rio Brilhante, o agrônomo Lucas Foroni, de 28 anos, como exemplo para os jovens ingressarem na política. Em 2020, aos 25 anos, Foroni foi eleito o prefeito mais novo da história de Mato Grosso do Sul.
“O Lucas (Foroni) é exemplo para todos os jovens. Precisamos fazer com que a juventude entenda a importância da política. Nosso país, nosso Estado e nossos municípios são comandados por políticos. Ninguém administra uma dessas esferas de governo sem voto, sem participar da discussão sobre os destinos de um Estado, de uma cidade”, acrescenta.
Foroni, que participou da convenção de ontem (25) do MDB, se considera privilegiado por ter entrado na política para debater questões que envolvem a população da sua cidade e dialogar com figuras da expressão de Moka.
“Eu fico até arrepiado quando falo do Moka. Ele é um exemplo de quem se doou para a política, para algo maior. Ele deixou a medicina para tentar mudar a vida das pessoas, com ética, coerência e honradez”, afirma o jovem prefeito.
Visitas
Até o final do ano o novo presidente pretende visitar a maioria dos municípios para ampliar a discussão sobre as eleições municipais de 2024. “Onde tivermos comissões provisórias, pretendo transformar em diretórios. E onde não houver nem uma coisa nem outra, quero que seja criada representação local. O MDB terá uma casa em cada município”, garante.
“Eu fico até arrepiado quando falo do Moka. Ele é um exemplo de quem se doou para a política” — Lucas Foroni, prefeito de Rio Brilhante
Moka explica que o partido tem entendimento de que disputará as eleições nos 79 municípios, cabeça de chapa ou não, assegurando que manterá acordo fechado com o PSDB.
“A decisão está tomada e vamos mantê-la: onde o MDB estiver forte, o PSDB dará seu apoio. E da mesma forma onde o PSDB tiver condições de vencer, o MDB fechará apoio. Agora, onde não houver consenso, haverá disputa sadia e respeitosa”, acrescenta.
Outro ponto destacado por Moka é o apoio do MDB à reeleição do governador Eduardo Riedel (PSDB). “Isso é ponto pacífico para evitar qualquer especulação à medida que as eleições forem se aproximando”, observa.
“O MDB terá uma casa em cada município”
Moka sustenta também que o ex-governador André Puccinelli é o candidato natural do partido na eleição para prefeito de Campo Grande. “É o único eventual pré-candidato que tem algo a mostrar, que mudou a cara de Campo Grande, que acabou com as favelas, mas que voltaram infelizmente. As gestões do André foram incomparáveis”, afirma.
História
Natural de Bela Vista, na fronteira com o Paraguai, Waldemir Moka, 71 anos, é médico e professor. Foi vereador em Campo Grande, deputado estadual e deputado federal, ambos por três mandatos, e senador da República.
Outro ponto destacado por Moka é o apoio do MDB à reeleição do governador Eduardo Riedel
Filiado ao MDB desde 1978, é considerado por emedebistas de projeção nacional, como o ex-senador e ex-governador do Rio Grande do Sul Pedro Simon, um dos melhores quadros da sigla no país. “O Moka é o que há de melhor no MDB”, afirmou Simon, quando ambos exerciam mandato de senador.