CAMPO GRANDE
Embora não admita formalmente para não causar desconforto na relação entre as administrações estadual e municipal, o Governo do Estado se tornou o “pai” e a “mãe” de Campo Grande nos últimos anos.
Enquanto o Estado adotou medidas de austeridade fiscal, financeira e orçamentária de 2015 para cá, permitindo investimento em diversas áreas, Campo Grande fez o caminho inverso com Marquinhos Trad (PSD) e depois com Adriane Lopes (PP).
Trad estourou limites constitucionais com a folha dos servidores, além de estar na iminência de gastar mais do que arrecada, segundo dados do Tesouro Nacional. Para piorar, denúncias de irregularidades em programa social, licitação e desvio de recursos de obras assombram o município.
Ao assumir a Prefeitura, contudo, Adriane manteve o mesmo ritmo do antecessor, desprezando fundamentos básicos da boa gestão, como manter o equilíbrio entre receitas e despesas.
Os grandes investimentos com recursos estaduais e federais vêm sendo feito desde o governo de Reinaldo Azambuja (PSDB), que atendeu a maioria dos pedidos do então prefeito Marquinhos Trad, que renunciou ao cargo em abril do ano passado para disputar o Governo.
Enquanto o Estado adotou medidas de austeridade fiscal de 2015 para cá, Campo Grande fez o caminho inverso com Marquinhos Trad (PSD)
Sem condições de fazer investimento com recursos próprios em decorrência do caos fiscal e financeiro pelo o qual passa a Capital, obras e projetos estão sendo custeados pelo governo estadual. Além da área de infraestrutura, o município sofre com problemas na saúde, como a falta de médicos e remédios nas farmácias das unidades públicas.
Dessa vez, o governador Eduardo Riedel (PSDB) anunciou R$ 146 milhões, cujo montante vai permitir a realização de obras de pavimentação, drenagem, recapeamento, acessibilidade e sinalização para diversos bairros e regiões. Além de dinheiro estadual e federal, há recursos de emendas parlamentares da bancada federal e contrapartida do município, o mínimo exigido para a assinatura de convênios.
“São investimentos robustos para que nenhuma obra fique paralisada e outras que já entregamos como da avenida Cafezais e obras nas Moreninhas”, anunciou Eduardo Riedel.
O governador afirmou que os investimentos foram possíveis em razão da sintonia e parceria entre os entes públicos a fim de garantir bem-estar à população, como asfalto na porta das casas, saúde, escolas e segurança pública.
“São investimentos robustos para que nenhuma obra fique paralisada e outras que já entregamos como da avenida Cafezais e obras nas Moreninhas” — Governador Eduardo Riedel
Com os recursos, estão garantidos melhorias nas regiões central da cidade, Córrego Imbirussu, Ahanduizinho, Bandeira, Lagoa, nos bairros Nashiville, Portal Caiobá, North Park, Jardim Noroeste e Jardim Centenário. As obras abrangem 58 ruas e avenidas da capital.
A prefeita Adriane Lopes agradeceu às bancadas federais e estaduais, vereadores e o Governo do Estado no esforço para destinar os recursos para Campo Grande. “Nós temos um terço da população de um estado pujante e é digno que a população da capital se sinta assistida”, declarou.