BRASÍLIA
A senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS) divulgou nota ontem (9) em seus perfis nas redes sociais se dizendo vítima de fake news em relação a comentário feito por ela, domingo à noite (8), sobre os ataques do grupo terrorista Hamas a Israel.
No entanto, seguidores desmentiram a versão da parlamentar, postando reprodução do tuíte em que ela compara “senhorinhas fundamentalistas orando com a Bíblia nas mãos” a terroristas.
“Estás falando das senhorinhas fundamentalistas orando com a Bíblia nas mãos? Qualquer semelhança não é mera coincidência (grifo nosso). É assim que tudo começa!”, escreveu, em resumo, a senadora em resposta a um seguidor (ver abaixo).
A tentativa de desmentir o que havia dito não funcionou e Soraya teve que enfrentar a revolta dos seguidores que a chamaram de “cínica”, “mentirosa” e “covarde”, entre outros adjetivos (ver abaixo):
Diferenças
As diferenças entre Soraya — eleita em 2018 com o slogan “a senadora do Bolsonaro” — e o eleitorado de Mato Grosso do Sul têm aumentado à medida que o mandato caminha para o final. Além de ser acusada de “traíra” por bolsonaristas, a postura destemperada dela a afasta até dos aliados mais próximos.
Depois de deixar o PSL em decorrência da fusão com o DEM, a parlamentar migrou para o União Brasil, onde saiu candidata a presidente da República. Teve pouco mais de 600 mil votos, número equivalente ao eleitorado de Campo Grande (ver aqui).
A candidatura da senadora representou o voto mais caro per capita na história da disputa presidencial no país. Os gastos totalizaram R$ 38,5 milhões, ou R$ 64,19 por eleitor conquistado no primeiro turno.
Terminadas as eleições, Soraya enfrentou resistência dentro do União e decidiu mudar de partido novamente. Filiou-se recentemente ao Podemos onde já começa a causar constrangimento à direção nacional da entidade em razão da proximidade com parlamentares do PT e de outros partidos de esquerda, conforme apurou o MS em Brasília.