BRASÍLIA
Se as eleições em Campo Grande fossem hoje, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) teria mais influência na escolha do voto do eleitor campo-grandense do que o atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Levantamento feito pelo Instituto Ver Pesquisa e Estratégia, de Minas Gerais, a que o MS em Brasília teve acesso revela que o apoio de Bolsonaro a determinado pré-candidato na Capital mudaria o voto de 22% dos entrevistados. Já em relação a Lula o índice cai para 13%.
Coincidentemente, os percentuais obtidos pelos líderes do PL e do PT na pesquisa do Instituto Ver são os mesmos do número de cada partido, 22 e 13.
A pesquisa foi realizada entre os dias 16 e 20 de setembro e ouviu 803 pessoas em Campo Grande. A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos, com nível de confiança de 95%.
O apoio dos dois principais líderes políticos do país, contudo, seria ‘indiferente’ para grande parte dos eleitores. Se o apoio fosse de Lula, 46% considerariam ‘indiferente’, enquanto Bolsonaro atingiu 41%.
A pesquisa sinaliza que há espaço para pré-candidatos sem ligação com o PT ou PL. A tendência é que sejam lançados pelo menos dois nomes bolsonaristas e um lulista apenas.
A pesquisa sinaliza que há espaço para pré-candidatos sem ligação com o PT ou PL
Enquanto o PL não tem ainda um nome de peso para o confronto na Capital, o PT já firmou posição de lançar a deputada federal Camila Jara, embora tenha encomendado cenário com o deputado estadual Pedro Kemp.
Contar e Pollon
A expectativa dos bolsonaristas, no entanto, é que o PL ofereça legenda para Capitão Contar (PRTB) disputar a eleição em Campo Grande. Diante disso, o militar deixaria o PRTB e migraria para a agremiação de Bolsonaro.
O MS em Brasília apurou que Contar só aceitaria trocar de partido se recebesse garantia da direção nacional de que seria o pré-candidato da eventual nova legenda. Em 2022, o ex-deputado estadual perdeu o segundo turno para Eduardo Riedel (PSDB), eleito governador.
O MS em Brasília apurou que Contar só aceitaria trocar de partido se recebesse garantia da direção nacional de que seria o pré-candidato da eventual nova legenda
O entrave para a chegada de Contar ao PL é o deputado federal Marcos Pollon, que controla 100% do partido em Mato Grosso do Sul. Além de presidir a sigla no Estado, Pollon nomeou sua esposa como presidente do PL Mulher e o irmão Gabriel Pollon, presidente do diretório de Campo Grande.
Na pesquisa estimulada do Instituto Ver (ver aqui), Capitão Contar lidera a disputa pela Prefeitura de Campo Grande com 22% de intenções de voto, enquanto Marcos Pollon amarga a última colocação com 1%.