CAMPO GRANDE
Os mais de 900 mil habitantes de Campo Grande têm enfrentado diversos problemas por conta das últimas administrações, como a falta de estrutura nas unidades de saúde e condições precárias de ruas e avenidas do município.
A revelação consta de levantamento feito pelo Instituto Ver Pesquisa e Estratégia, de Minas Gerais, a que o MS em Brasília teve acesso. O trabalho teria sido encomendado pelo PT, mas a empresa mineira não confirmou por razões contratuais.
O instituto ouviu 803 pessoas em Campo Grande entre os dias 16 e 20 de setembro. A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos, com intervalo de confiança de 95%.
O levantamento foi feito para medir a temperatura com vistas à sucessão em Campo Grande, administrada por Adriane Lopes (PP), cujo desempenho tem a reprovação de 44% dos eleitores da cidade (ver aqui e aqui).
O trabalho teria sido encomendado pelo PT, mas a empresa mineira não confirmou por razões contratuais
Pela pesquisa, 58,16% dos entrevistados apontam a saúde como o principal problema da Capital. Em segundo lugar, com 46,58%, está a infraestrutura da cidade, como ruas esburacadas e sem asfalto, saneamento básico e limpeza urbana.
Os entrevistados citaram ainda problemas nas áreas de segurança, transporte, trânsito e mobilidade urbana, além de ações sociais e habitação.
Velhos problemas
Embora os problemas apontados pela pesquisa tenham começado nas gestões dos prefeitos Alcides Bernal e Gilmar Olarte, a partir de 2012, a administração de Marquinhos Trad (PSD), que assumiu como prefeito em janeiro de 2017, não conseguiu resolver os gargalos na saúde e concluir obras de infraestrutura.
Trad renunciou ao cargo de prefeito em abril do ano passado, em meio ao caos administrativo e financeiro, com dezenas de obras paralisadas, para disputar o Governo do Estado. Terminou em penúltimo lugar, à frente apenas de Adonis Marcos, do PSOL.
Trad renunciou ao cargo de prefeito em abril do ano passado, em meio ao caos administrativo e financeiro
Adriane Lopes assumiu o cargo e manteve o estilo de administrar do antecessor, ignorando a necessidade de tomar medidas para reduzir o descontrole fiscal e financeiro do município. Sem dinheiro em caixa, Lopes teve que renegociar o pagamento de aumentos salariais concedidos a diversas categorias, como a de professores.
Além de não apresentar plano de recuperação financeira e administrativa da cidade, Lopes deixou de editar medida de austeridade nos gastos públicos, como a redução das despesas com pessoal, pente-fino nos programas sociais e exoneração de milhares de cabos eleitorais do ex-prefeito Marquinhos Trad.