CAMPO GRANDE
Soraya Thronicke (Podemos-MS) é um furacão. Por onde passa, a senadora deixa rastro de destruição em decorrência da postura arrogante, truculenta e da incapacidade de dialogar. Com menos de cinco anos na política, Thronicke já arrumou confusão em dois partidos: PSL e União Brasil, de onde saiu deixando diversos inimigos.
Dessa vez, a polêmica envolvendo a senadora está na sua atual agremiação, o Podemos. Em Mato Grosso do Sul, a sigla é comandada por Sérgio Murilo. No entanto, a direção nacional indicou a senadora sul-mato-grossense para assumir o posto de Murilo.
As informações são do jornal Correio do Estado.
Caso a senadora Soraya Thronicke assuma mesmo a presidência do Podemos no fim deste mês, o partido corre sério risco de perder pelo menos 31 dos 40 vereadores eleitos e ter ainda uma possível desfiliação em massa do diretório municipal de Campo Grande e da maioria dos demais 39 diretórios no Estado.
O Correio do Estado apurou que a decisão foi tomada durante reunião de mais de duas horas no diretório estadual do Podemos em Campo Grande, com a participação do atual presidente, Sérgio Murilo, e de vereadores e militantes de várias partes de Mato Grosso do Sul.
A decisão foi tomada durante reunião de mais de duas horas no diretório estadual do Podemos em Campo Grande
O motivo, conforme informações obtidas pela reportagem do Correio, é que os filiados com mandatos e os demais filiados ingressaram na legenda com a indicação de Sérgio Murilo, e a provável troca de comando da sigla no Estado estaria sendo vista como uma traição.
Quando Sérgio Murilo assumiu o Podemos, acrescenta o jornal, o partido tinha apenas um vereador eleito e, em 2020, esse número aumentou para 40. Além disso, foram eleitos dois prefeitos, em Aparecida do Taboado e em Santa Rita do Pardo, porém, ambos já migraram para o PSDB.
Outro dado interessante é que a legenda, antes de Sérgio Murilo, tinha dois mil filiados e, atualmente, conta com 12 mil em 40 municípios de Mato Grosso do Sul. Procurado pelo Correio do Estado, Sérgio Murilo confirmou a reunião, mas não quis dar detalhes, falando apenas que espera um comunicado oficial da executiva nacional sobre a troca de comando.
“Fiquei sabendo que a senadora Soraya Thronicke vai assumir a presidência do Podemos pela imprensa e preciso escutar isso da boca dela ou de alguém da executiva nacional. Quando ela se filiou ao Podemos, as lideranças nacionais da legenda tinham me dito que era para eu ficar tranquilo, que não renunciariam a tudo aquilo que construí à frente do partido”, declarou o atual presidente estadual.
Antes de Sérgio Murilo, a legenda tinha 2 mil filiados e, atualmente, conta com 12 mil em 40 municípios de Mato Grosso do Sul
O jornal verificou que o fato de a senadora assumir a presidência da sigla pode desagregar tudo aquilo que foi construído ao longo dos anos no Estado. Eles citaram que é bem provável que ocorra o mesmo que aconteceu quando ela assumiu o comando do União Brasil, fruto da fusão entre DEM e PSL.
Na época, a maioria dos filiados com mandato, incluindo muitos prefeitos e vereadores que eram do DEM, migraram para outro partido porque não aceitaram o fato de a presidência do novo partido ficar nas mãos de uma pessoa sem base política e estando ainda em seu primeiro mandato.
Outro agravante para a provável debandada de filiados do Podemos seria a possibilidade de a legenda formar uma federação com o PSDB, o que, em Mato Grosso do Sul, significaria o não lançamento de candidatos na majoritária em benefício de nomes do ninho tucano.
Militantes do Podemos disseram ao Correio que a senadora Soraya Thronicke é “liderança tóxica, que destrói tudo em que põe as mãos”.
Soraya Thronicke é “liderança tóxica, que destrói tudo em que põe as mãos”
Já Sérgio Murilo disse ao Correio do Estado que, confirmada a troca de comando, não terá mais motivos para ficar no Podemos. “O meu projeto para 2024 era lançar candidatos a prefeito nos 40 municípios onde temos diretórios. Agora, devo repensar minha trajetória política, pois meus planos são para 2026, quando posso tentar uma cadeira como deputado estadual ou federal. Vou me estrutura politicamente”, projetou.
Sobre o fato de os vereadores realmente decidirem deixar o Podemos, Sérgio Murilo explicou que, como a janela partidária abre no próximo ano, por conta das eleições municipais, eles não terão problemas. Já quanto ao deputado estadual Rinaldo Modesto, único do partido no Estado, a alternativa para a troca partidária seria a expulsão ou esperar a janela de 2026.
A assessoria de imprensa da senadora Soraya Thronicke foi procurada pela reportagem do Correio do Estado, mas informou apenas que ela vai mesmo assumir a presidência do partido nos próximos dias. Ainda conforme a assessoria, a parlamentar não pretende comentar a provável debandada de filiados quando ela assumir o comando da sigla.
Essa Soraya não nos representa o povo sul-matogrossense ela.ta pensando que vai nos enganar outra vez tá enganada 🤔 puro lixo