CAMPO GRANDE
Um dos grandes empreendimentos de infraestrutura em execução no Brasil, a Rota Bioceânica deverá entrar em operação até final de 2026, prevê o governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel. No entanto, as obras da ponte sobre o Rio Paraguai, em Porto Murtinho, orçadas em US$ 85 milhões, deverão estar prontas antes, já que falta pouco mais da metade (55%) para a conclusão.
Em visita à obra ontem (19), o governador Eduardo Riedel destacou o “cenário de oportunidades” que se abrirá a Mato Grosso do Sul com a nova comercial, ligando os oceanos Atlântico e Pacífico. Riedel foi acompanhado dos ministros Waldez Góes (Integração e Desenvolvimento Regional) e Simone Tebet (Planejamento e Orçamento).
“A vinda dos ministros é significativa demais ao Estado, pois será uma das estruturas que vão ligar o Estado à Rota Bioceânica. Também existe um conjunto de obras que estão sendo realizadas de forma conjunta”, disse Riedel.
Construída pela Itaipu Binacional, a ponte terá 1.294 metros de comprimento e 29 metros de altura em relação ao leito do rio Paraguai. Está orçada em U$$ 85 milhões. De acordo com a empresa 45% dos trabalhos já foram concluídos.
“A Rota vai se tornar realidade e abrir grandes oportunidades para Mato Grosso do Sul e ao Brasil. Temos que fazer nossa parte e contribuir para viabilizar esta integração. Obras importantes e estruturantes seguem do lado do Brasil e nos países vizinhos”, afirma o governador, referindo-se a Paraguai e Chile.
Riedel lembra dos investimentos importantes do Governo Federal para viabilizar a Rota, como a revitalização da BR-267 e a alça rodoviária em Porto Murtinho, que vai dar acesso a ponte.
“Pedimos sete obras no PAC [Programa de Aceleração do Crescimento] e todas serão atendidas, entre elas o acesso à ponte que é essencial. Temos ainda que agradecer aos empresários, pois os investimentos privados são fundamentais para implantação da Rota”, completa.
O ministro Waldez Góes destaca a participação de diversos atores para que o sonho da Rota virasse realidade. “Existe um compromisso integral e de primeira hora com a ligação aos países sul-americanos, para promover esta integração. São cinco rotas, entre elas a Bioceânica, uma das mais importantes”, descreve.
As perspectivas são positivas a Mato Grosso do Sul com a implementação da Rota Bioceânica, ligando o Estado aos países vizinhos e depois encurtando o caminho ao Oceano Pacífico e mercados asiáticos. São oportunidades no campo da exportação e importação de produtos, assim como no campo turístico e na competitividade para nossa economia.
As perspectivas são positivas a Mato Grosso do Sul com a Rota Bioceânica, ligando o Estado aos países vizinhos e depois encurtando o caminho ao Oceano Pacífico e mercados asiático
Para tornar este sonho realidade, várias obras estão sendo feitas, entre elas a construção da ponte sobre o rio Paraguai, ligando Porto Murtinho a paraguaia Carmelo Peralta.
Da parte de Mato Grosso do Sul, o Governo do Estado já investiu R$ 72,3 milhões em Porto Murtinho, em diferentes setores. Também foram garantidos incentivos para reativar a hidrovia do rio Paraguai, atraindo operadores e empreendimentos portuários à região.
O governo estadual ainda articulou junto ao Governo Federal a realização de obras de infraestrutura complementares para ligação do corredor, entre elas o acesso a ponte bioceânica, que terá o investimento de R$ 472 milhões.
Lá serão pavimentados 13 km, além da construção de um centro aduaneiro, trabalho de terraplanagem e acesso elevado à ponte. A ordem de serviço foi assinada em dezembro do ano passado.
Também foi autorizada a restauração de 101 km da rodovia BR-267, que liga o distrito de Alto Caracol a Porto Murtinho. As obras tiveram início na semana passada, de acordo com o DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes).
Com informações da Secretaria-Executiva do Governo de MS