POR DANILO GENTILI
Ontem o Luciano Huck postou em suas redes um vídeo sobre “ser isentão”.
A impressão que dá é que o Huck sempre fica agachado na trincheira vendo todo mundo ao se redor ser alvejado.
Quando o tiroteiro encerra e não existe mais perigo ele levanta limpinho, sorridente grita “avante!” e corre para a próxima trincheira posando de bravo general que tomou a frente e liderou o levante.
Meu amigo André Luís Guedes resumiu tão perfeitamente o caso que ao invés de eu escrever mais sobre o assunto preferi copiar e colar o texto dele aqui, na íntegra:
O @LucianoHuck está confundindo isentão com bananão.
Num mundo polarizado como o nosso, é preciso ter muito culhão pra ser um isentão e não pertencer a nenhuma falange.
Você se posiciona, e seu posicionamento não é bem vindo em lugar nenhum.
O isentão é achincalhado num vídeo do Rodrigo Cocô ao mesmo tempo em que vira matéria no Diario do Centro do Mundo. Perde seguidores, perde amigos, perde dinheiro.
Mas o isentão tá lá, se posicionando com firmeza e peitando a impopularidade.
Já o bananão é o cara que é tudo em todo lugar ao mesmo tempo – ou não.
É o vaselina que fica bem quietinho e só se posiciona quando vê alguma trend bacana, sempre com alguma frase de efeito bastante genérica que mostre o adesismo à hype do momento – o que reverterá em algum provável novo patrocínio e ganho de imagem.
O bananão é o morno ao qual a bíblia se refere. Não é o cara que se abstém de escolher entre dois bandidos, mas sim aquele que se acovarda e se cala diante da tirania de ambos.
Quantas vezes Huck chamou a impopularidade pra si dando alguma opinião corajosa contra o senso comum? Quantas vezes comprou alguma briga e arriscou a própria popularidade? Quantas vezes botou o dedo na cara de governos, seja de esquerda ou direita, e cobrou resultados?
Você pode até ser um cara pessoalmente gente boa, mas desculpa, Huck. Você definitivamente não é um isentão.