LARISSA ARRUDA, DE BRASÍLIA
O comando nacional do PL afastou nesta quinta-feira (4) o deputado federal Marcos Pollon da presidência do diretório em Mato Grosso do Sul. A destituição ocorre quatro dias após o parlamentar comunicar sua pré-candidatura a prefeito de Campo Grande, em pronunciamento feito no último sábado (29). O vídeo foi considerado “chulo”, “agressivo” e “desnecessário”.
A decisão soou ainda como desobediência à Executiva Nacional, que havia fechado aliança com o PSDB na capital. “Como minha mãe pariu um homem e não um saco de bosta e vocês reclamavam que não havia um candidato para votar, agora tem porque sou pré-candidato a prefeito em Campo Grande”, declarou Pollon, referindo-se ao fato de não aceitar que o PL apoie o PSDB.
A rebelião interna no partido, contudo, não deve afetar o entendimento dos bolsonaristas sobre as eleições em Campo Grande. A tendência é que o eleitorado atenda ao chamado do ex-presidente Jair Bolsonaro sobre o acordo feito semana passada, em Brasília, com o governador Eduardo Riedel e o ex-governador Reinaldo Azambuja.
Conforme divulgado ontem pelo MS em Brasília, Marcos Pollon deve ser mais um do PL a desistir da pré-candidatura (ver aqui), principalmente depois de ser destituído da presidência da legenda no Estado.
Em nota divulgada no início da tarde desta quinta-feira (4), o PL afirma que Pollon cumpriu a missão e anuncia a troca para o segundo semestre de 2024. “Deixará a presidência da Executiva Estadual, o deputado federal Marcos Pollon, sendo substituído pelo titular que for indicado pelo presidente nacional do PL, Valdemar da Costa Neto”, pontua o comunicado.
O PL conclui a nota afirmando que “o ciclo de Marcos Pollon na liderança da sigla se encerra com o agradecimento da confiança do presidente Jair Bolsonaro e a todos que acreditam no projeto de crescimento do PL”.