COLUNA VAPT-VUPT (*)
A menos que surja fato extraordinário para mudar o atual cenário, a candidata do União Brasil à Prefeitura de Campo Grande, Rose Modesto, parece ter lugar assegurado em provável segundo turno, cuja votação ocorrerá em 27 de outubro. O primeiro turno acontece em 6 de outubro.
As pesquisas divulgadas até o momento colocam a ex-deputada federal à frente dos concorrentes. É preciso, contudo, ponderar sobre levantamentos que medem as intenções de voto, principalmente em Mato Grosso do Sul, onde não há o menor pudor da classe política em manipular informações.
A impressão que se tem é que cada candidatura tem a sua pesquisa. Nela, o candidato aparece sempre bem-colocado. Não se sabe se os dados são mexidos, mas a falta de confiança nesse trabalho deixa o eleitorado perdido em meio a tantos números díspares.
É preciso, contudo, ponderar sobre levantamentos que medem as intenções de voto, principalmente em Mato Grosso do Sul, onde não há o menor pudor para manipular informações
Apesar da aparente confusão dos números, o adversário de Modesto deverá sair entre outros três candidatos: a prefeita Adriane Lopes (PP), o deputado federal Beto Pereira (PSDB) e a também deputada federal Camila Jara (PT).
A se considerar as pesquisas, a outra vaga no segundo turno ficará entre Adriane e Beto, os quais terão o apoio das duas principais máquinas públicas de Mato Grosso do Sul: a da Prefeitura de Campo Grande, nas mãos da própria prefeita candidata à reeleição; e a do Governo do Estado, sob o comando do tucano Eduardo Riedel.
Embora se movimente de forma discreta, como é próprio da sua personalidade, o governador tem peso considerável no momento de pedir apoio a dezenas de secretários, deputados estaduais e vereadores na capital. Riedel pode ainda fazer uso da sua popularidade, fruto de uma gestão, até aqui, responsável e de excelência.
Já Adriane Lopes, além de contar com o apoio da senadora Tereza Cristina (PP), tem sob sua alça de mira milhares de servidores comissionados, especialmente. Nos órgãos municipais, a maioria dos carros de funcionários estampa adesivos da prefeita. Da mesma forma, veem-se nos estacionamentos de órgãos estaduais veículos com imagens do tucano Beto Pereira.
Embora se movimente de forma discreta, como é próprio da sua personalidade, o governador tem peso considerável no momento de pedir apoio
Fato é que falta pouco mais de um mês para o campo-grandense escolher seu candidato a prefeito. Como tem dito o MS em Brasília nesses mais de cinco anos de criação, Campo Grande não pode mais sofrer com péssimas administrações.
Um dos principais causadores do caos na cidade, o ex-prefeito Marquinhos Trad (PDT), é candidato a vereador depois de acontecimentos graves vindos à tona em 2022 e em 2023, como a suposta participação dele no desvio de dezenas de milhões destinados a obras na capital, esquema investigado pela Operação Cascalhos de Areia.
Ao fim e ao cabo, caberá ao eleitor definir o próximo administrador de Campo Grande, o qual terá quatro anos para fazer gestão competente, honesta e, acima de tudo, responsável, diferente de tudo o que se viu em mais de década.
Campo Grande merece!
(*) Vapt-vupt é uma coluna do MS em Brasília com opiniões sobre determinado fato de interesse público