CAMPO GRANDE
Mato Grosso do Sul aparece bem-posicionado em mais um levantamento nacional sobre indicadores econômicos e sociais. Dessa vez, o Estado ficou em 3º no ranking de liberdade econômica, segundo relatório analítico 2023 do índice Mackenzie, elaborado pelo Instituto Presbiteriano Mackenzie.
Isso significa que Mato Grosso do Sul é um dos melhores estados para as pessoas investirem a força de trabalho, aplicar seus recursos e empreender. “Quando a gestão se preocupa com esses fatores os resultados aparecem inevitavelmente”, resume o governador Eduardo Riedel (PSDB).
A liberdade econômica é a capacidade dos integrantes da sociedade de decidir sobre a destinação dos recursos disponíveis, sem coerção ou imposições externas de agentes privados ou estatais. “Estados com maior liberdade econômica são mais prósperos do que aqueles com menos”, diz trecho do relatório do Mackenzie.
Apenas São Paulo e Espírito Santo tiveram desempenho melhor. Mato Grosso do Sul recebeu pontuação geral de 5,40, bem próxima dos dois primeiros: paulistas com 6,02 e capixabas, 5,72.
“A liberdade econômica pode ter impactos positivos no bem-estar da população, ao promover maior inclusão social e reduzir a pobreza. Ao facilitar o acesso ao mercado de trabalho e estimular a criação de empregos formais, a liberdade econômica pode ajudar a melhorar as condições de vida dos brasileiros”, diz o documento.
“Quando a gestão se preocupa com esses fatores os resultados aparecem inevitavelmente” — Governador Eduardo Riedel sobre a forma com a qual MS enxerga a relação com o setor privado
Para o secretário de Governo e Gestão Estratégica, Rodrigo Perez, Mato Grosso do Sul tem tido resultados práticos e efetivos porque o trabalho, segundo ele, é consistente de 2015 para cá. “O que estamos fazendo hoje terá resultado amanhã e assim vamos construindo um Estado cada vez mais interessante para os investidores e bom para se viver”, acrescenta.
De acordo com o coordenador do Centro Mackenzie de Liberdade Econômica, Vladmir Fernandes Maciel, Mato Grosso do Sul apresentou uma recuperação forte após a pandemia, em relação a outros estados, e se destaca principalmente por ter poucas despesas públicas, inclusive previdenciárias, e por possuir um mercado de trabalho pujante.
“Em 2020, tivemos uma piora em todos os estados como resultado direto da pandemia. O tombo é rápido e a recuperação é lenta. No ano seguinte, tivemos uma leve recuperação da liberdade econômica, mas Mato Grosso do Sul saiu forte, teve uma recuperação melhor. E o que está pesando a favor do Estado são as despesas públicas baixas, as despesas previdenciárias, o funcionalismo não é alto e o mercado de trabalho, que está bem”, explicou.
“O que estamos fazendo hoje terá resultado amanhã e assim vamos construindo um Estado cada vez mais interessante para os investidores e bom para se viver” — Rodrigo Perez, secretário de Governo e Gestão Estratégica
O Índice Mackenzie de Liberdade Econômica Estadual avalia os gastos do governo, a tributação e a regulação e liberdade nos mercados de trabalho. Os dados são obtidos de fontes oficiais como IBGE, Secretaria do Tesouro Nacional, Ministério do Trabalho e Receita Federal.
Vladmir Maciel explicou ainda que o estudo abrange todos os poderes e as três esferas (federal, estadual e municipal). Na avaliação do especialista, o Brasil e os estados ainda têm muito espaço para melhorar em liberdade econômica. A pontuação média do país no Índice Mackenzie de Liberdade Econômica Estadual subiu de 4,06 em 2022 para 4,38 no último ano.
Com informações da Secretaria-Executiva de Comunicação de MS