BRUNNA SALVINO, DE CAMPO GRANDE
Ao inaugurar na semana passada a maior planta de produção de celulose em linha única do mundo, o governador Eduardo Riedel (PSDB) destacou as políticas de atração de investimento do governo de Mato Grosso do Sul.
“Grandes grupos não estão caindo do céu”, comentou brevemente o governador ao MS em Brasília, apontando uma série de esforços das últimas gestões para vencer a concorrência de outros estados na atração de investimentos privados, que estão se aproximando de R$ 100 bilhões.
“A negociação para que grandes grupos se instalem aqui inclui uma série de assuntos de natureza tributária, de investimentos em infraestrutura, que é o principal. Uma empresa desse porte tem na logística algo fundamental para dar competitividade a ela, como estradas pavimentadas, entre outras necessidades”, detalhou Riedel.
“A negociação para que grandes grupos se instalem aqui inclui uma série de assuntos” — Governador Eduardo Riedel
Em solenidade realizada no último dia 5, o governador pontuou sobre o crescimento do Estado e os planos de expansão para os próximos anos na área da celulose, que já tem diversos investimentos destinados e projetos em andamento em diferentes regiões.
“São os túneis para caminhões hexatrem, estradas internas na região de produção. É uma discussão que extrapolou o ambiente de negócio, as licenças a tempo com responsabilidade”, acrescenta.
Mato Grosso do Sul desponta com transformações em logística, geração de emprego e melhoria da qualidade de vida e da renda da população. Com foco na segurança alimentar, transição energética, sustentabilidade e inclusão social, o Estado tem políticas públicas específicas baseadas nos eixos digital, verde, próspero e inclusivo.
“O setor de papel e celulose, de florestas plantadas, tem capacidade de gerar emprego de qualidade, para as mulheres, como nós estamos vendo aqui. Também de ajudar no processo de investimento em infraestrutura e as necessidades advindas com crescimento das cidades, como educação, saúde e segurança pública”, destacou o governador.
Mato Grosso do Sul desponta com transformações em logística, geração de emprego e melhoria da qualidade de vida e da renda da população
Riedel reforçou ainda que o nível de renda aumentou, fazendo com que Mato Grosso do Sul tenha hoje o terceiro melhor salário médio do Brasil. “São mais de R$ 3,4 mil, gerando oportunidade para as pessoas e é isso que a gente quer aqui no Estado”, disse Riedel.
Investimentos
O Projeto Cerrado é um investimento de R$ 22,2 bilhões com capacidade de produção de 2,55 milhões de toneladas de celulose. Com uma planta de geração de energia por biomassa com capacidade para alimentar 100% da demanda da operação, o projeto ainda pode exportar energia renovável ao grid nacional, motivo pelo qual a planta se enquadra como obra do Programa de Aceleração de Crescimento.
Do investimento total de R$ 22,2 bilhões, R$ 15,9 bilhões foram destinados à construção da fábrica e R$ 6,3 bilhões a iniciativas como a formação da base de plantio e a estrutura logística para escoamento da celulose.
Com a unidade de Ribas do Rio Pardo, a capacidade instalada de produção de celulose da Suzano saltará de 10,9 milhões para 13,5 milhões de toneladas anuais, o que representa um aumento de mais de 20% na produção atual da companhia. É a terceira unidade da Suzano instalada em Mato Grosso do Sul.
Com a unidade de Ribas do Rio Pardo, a capacidade instalada de produção de celulose da Suzano saltará de 10,9 milhões para 13,5 milhões de toneladas anuais
A empresa está presente no Estado desde 2009 (antiga Fibria), em Três Lagoas, com duas linhas de produção. Somadas, a capacidade produtiva instalada da Suzano em Mato Grosso do Sul chega a 5,8 milhões de toneladas anuais.
“É uma fábrica totalmente sustentável. Produzimos nossa energia e todos os insumos são fabricados aqui. É uma fábrica que não consome recursos naturais”, explica o presidente da Suzano, Beto Abreu, que estava acompanhado de David Feffer, presidente do Conselho de Administração.
“Usamos o próprio plantio que absorve carbono para fazer a sua produção de celulose e gerar sua energia. Do ponto de vista de sustentabilidade ambiental, social e econômico, é uma combinação perfeita pois andam juntos”, acrescentou.
“É uma fábrica totalmente sustentável. Produzimos nossa energia e todos os insumos são fabricados aqui” — Beto Abreu, presidente da Suzano
Logística
A celulose segue pelo modal rodoviário até o terminal intermodal construído em Inocência, de onde é conduzida por trens até o Porto de Santos (SP). Já a base florestal que abastece a unidade está plantada em Ribas e Campo Grande.
No Estado, a empresa tem 600 mil hectares de florestas plantadas, dos quais 143 mil hectares são destinados exclusivamente para a conservação da biodiversidade.
A construção da nova fábrica também contribuiu com a qualificação de mão de obra local, incluindo mais de 1,3 mil pessoas capacitadas para as operações industriais, florestais e logísticas da Suzano e cerca de 300 pessoas para o mercado de trabalho local nos setores de comércio e serviços, em parceria com o Senai e o Senac.
A construção da nova fábrica também contribuiu com a qualificação de mão de obra local
Além dos recursos destinados à construção da fábrica, da estrutura logística e da formação da área de plantio que abastecerá a fábrica com eucalipto, a Suzano investiu R$ 57,3 milhões em um amplo conjunto de iniciativas, incluindo a construção de unidades de moradia e centro médico, melhorias na infraestrutura local e apoio a projetos sociais.
A Suzano é a maior produtora mundial de celulose, uma das maiores produtoras de papéis da América Latina, líder no segmento de papel higiênico no Brasil e referência no desenvolvimento de soluções sustentáveis e inovadoras a partir de matéria-prima de fonte renovável. Os produtos e soluções da empresa estão presentes na vida de mais de 2 bilhões de pessoas, abastecendo mais de 100 países.
Com informações da Secretaria-Executiva de Comunicação de MS