CAMPO GRANDE
Iniciada nas gestões do governador Reinaldo Azambuja (2015-2022), mantida e estruturada pelo sucessor Eduardo Riedel (2023-2026), a diversificação da economia de Mato Grosso do Sul tem começado a gerar expectativa e procura pelas profissões do futuro.
Décadas para cá, o Estado deixou de ser conhecido apenas pelo binômio boi-soja e abriu as portas do seu território a outros produtos, como papel e celulose, laranja, amendoim, entre outras culturas.
A variação ocorreu graças às políticas de incentivos fiscais oferecidas a grandes grupos nacionais e internacionais, cuja contrapartida é aumentar a oferta de postos de trabalho e melhorar a renda ao trabalhador, o que tem sido alcançado, segundo o governo.
Entre elas, carreiras no setor de serviços, mineração, rota bioceânica, produção sustentável do Pantanal, tecnologia da informação, papel e celulose, bioenergia e citricultura. Parte delas compõe a grade curricular do Ensino Médio, principalmente, técnico, e nas universidades e polos de ensino instalados no Estado.
Entre as carreiras, estão oportunidades no setor de papel e celulose, serviços, mineração, rota bioceânica, produção sustentável do Pantanal, tecnologia da informação, bioenergia e citricultura
De acordo com o governo, a própria área educacional está sendo direcionada para oferecer docentes e instrutores também capacitados e “antenados” com esta missão de oferecer profissões do futuro, inclusive, para os profissionais de Educação com cursos de qualificação como o de docente digital, por exemplo.
“A demanda por professores, tanto da educação básica como do ensino superior, nas mais diversas áreas do conhecimento é crescente, uma profissão que contribui diretamente na formação de indivíduos e, consequentemente, da sociedade”, afirma o pró-reitor de Ensino da UEMS (Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul), em Dourados, Walter Guedes.
De acordo com o professor, as profissões do futuro serão cada vez mais multidisciplinares, exigindo que os profissionais tenham uma visão holística, ética, crítica e atualizada.
“Alguns fatores impulsionarão a demanda por estas profissões: automação e robotização, economia circular, urbanização e desenvolvimento de infraestrutura, envelhecimento da população e qualidade de vida”, acrescenta o pró-reitor.
A própria área educacional está sendo direcionada para oferecer docentes e instrutores também capacitados e “antenados” com esta missão de oferecer profissões do futuro
O professor conta que a UEMS, com grande presença no interior do Estado, está adotando diversas estratégias para oferecer novos cursos que atendam às demandas da sociedade e promovam o desenvolvimento socioeconômico.

Ainda de acordo com o pró-reitor, a UEMS está preparada para a oferta de cursos com forte componente prático por meio de parcerias com empresas especializadas.
“A UEMS está atenta às demandas do mercado e suas necessidades nos setores estratégicos do Estado. A educação, como agente de constituição da cidadania, possui importante papel na formação de cidadãos conscientes e preparados para os desafios do mercado de trabalho. A integração entre universidades e o campo de atuação dos futuros profissionais formados pelas universidades é fundamental para despertar o interesse dos jovens para o cenário econômico e social do Estado”, avalia.
“A UEMS está atenta às demandas do mercado e suas necessidades nos setores estratégicos do Estado. A educação, como agente de constituição da cidadania, possui importante papel na formação de cidadãos conscientes e preparados para os desafios do mercado de trabalho” — Walter Guedes, pró-reitor de Ensino da UEMS em Dourados
Para o pró-reitor tanto setores tradicionais como Engenharia, Agronomia, Zootecnia, Geologia e Mineração, e carreira docente possuem novos desafios exigindo profissionais mais qualficados para planejamento e execução de projetos, otimização de processos, desenvolvimento de novas tecnologias, práticas sustentáveis, segurança do trabalho, e formação de indivíduos.
“Também se abrem oportunidades para profissionais com especializações em Tecnologia da Informação, Logística e Comércio Exterior, Meio Ambiente e Sustentabilidade, Energias Renováveis, e em Cidades Inteligentes”, acrescenta.
Diz ainda que há espaço para carreiras emergentes e multidisciplinares em Ciência de Dados e Inteligência Artificial, Biotecnologia e Gestão de Projetos e Negócios. “A inserção da UEMS no interior do estado é um importante diferencial para o desenvolvimento socioeconômico e ambiental do estado”, explica.
Há espaço para carreiras emergentes e multidisciplinares em Ciência de Dados e Inteligência Artificial, Biotecnologia e Gestão de Projetos e Negócios
De acordo com o secretário-executivo de Qualificação Profissional e Trabalho da Semadesc (Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação), Esaú Rodrigues de Aguiar Neto, o Governo do Estado trabalha de uma maneira muito alinhada à atratividade do desenvolvimento econômico, em setores como celulose, citricultura, bioenergia, logística, proteína animal e mineração.
“Na cadeia de transversalidade industrial, existem profissões que atendem todas as empresas como a de técnico em manutenção industrial. O setor produtivo está moldando seus funcionários dentro da particularidade que necessita”.
Com informações da Secretaria-Executiva de Comunicação do Governo de MS