BRASÍLIA
Servidores dos Correios estão indignados com os R$ 4 milhões que a estatal desembolsou para virar “patrocinador master” da turnê do cantor Gilberto Gil.
As informações são do colunista Cláudio Humberto, do site Diário do Poder, parceiro do MS em Brasília.
Os shows começaram no fim de março, quando a empresa já havia admitido prejuízos de R$ 2,2 bilhões somente este ano e os trabalhadores já passavam sufoco e denunciavam a falta de repasse de valores ao FGTS.
Desta vez, a revolta com o patrocínio se soma a outra dor de cabeça dos trabalhadores: o descredenciamento do plano de saúde que, sem receber, suspendeu os atendimentos.
Sob ameaça de greve e com transportadores recebendo em atraso, os Correios figuram ao lado de patrocinadores como a luxuosa Rolex.
Apesar do farto dinheiro público, o pobre vai passar longe. Os ingressos chegam a custar R$ 1.530; mais do que um salário-mínimo (R$ 1.518).
No “Encontro de Novos Prefeitos e Prefeitas em Brasília”, esse ano, os Correios bancaram R$ 1,3 milhão. O ato teve Lula bajulando os novatos.
À coluna de Cláudio Humberto, os Correios defendem o patrocínio como reposicionamento de marca. E diz que está em tratativas para manter o plano de saúde ativo.