BRASÍLIA
A eleição do senador Chico Rodrigues (PSB-RR) como terceiro-secretário da Mesa do Senado, na chapa do presidente Rodrigo Pacheco (PSD-MG), teve pouca repercussão. A explicação deve estar no fato de o parlamentar ter se filiado ao PSB, partido que dá sustentação ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Congresso.
Rodrigues foi preso em outubro de 2020 na Operação Desvid-19, da Polícia Federal, em Boa Vista, capital de Roraima. Os agentes encontraram cédulas de dinheiro escondidas entre as nádegas do parlamentar.
O caso, à época, teve grande repercussão pelo fato de o senador ser vice-líder do governo Bolsonaro no Senado. No entanto, a eleição do mesmo parlamentar para a Mesa da Casa não chamou a atenção. Rodrigues deixou o União Brasil e se filou ao PSB um dia antes da eleição no Senado.
A prisão foi registrada em imagens feitas pela PF. No total, foram localizados aproximadamente R$ 30 mil na residência. O senador foi alvo da Operação Desvid-19, que investigava desvios de R$ 20 milhões de emendas parlamentares destinados ao combate da pandemia em Roraima.
Na época, Chico Rodrigues afirmou acreditar na justiça dos homens e na divina e que, por esse motivo, estava tranquilo com o fato. Reclamou que teve o “lar invadido” por apenas ter feito seu trabalho como parlamentar, “trazendo recursos para o combate a Covid-19 para a saúde do Estado”.
Rodrigues chegou a ser afastado do cargo pelo ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal, mas retornou por decisão do próprio Barroso. O presidente Bolsonaro também o afastou das funções de vice-líder do governo.