O governador Eduardo Riedel (PSDB) entregou nesta segunda-feira (6) a primeira Carteira Nacional de Habilitação, emitida por meio do programa CNH Social. A professora Kethelly Thais de Oliveira Magalhães, de 27 anos, recebeu sua primeira CNH, na sede do Detran (Departamento Estadual de Trânsito). Ela não desembolsou nem um centavo.
Mãe de um menino de 5 anos, Kethelly aprendeu a pilotar na autoescola, ainda não tem motocicleta, mas já conquistou a habilitação categoria A e sonha em ter uma vida mais tranquila.
“É a minha mobilidade, para ir ao trabalho, levar meu filho ao médico, buscar ele na creche também. Como sou professora da Educação Especial, eu vou muito para a periferia. Pego ônibus cinco e meia da manhã. Aí eu já posso sair um pouquinho mais tarde para deixar meu filho na creche”, conta.
O CNH MS Social vai beneficiar 5 mil pessoas em situação de vulnerabilidade social com acesso gratuito à primeira habilitação, nas categorias A, B e AB, em um investimento de R$ 16 milhões, considerando que o custo médio do processo de retirada de cada CNH é de R$ 3,2 mil. Todo o processo de habilitação, incluindo gastos com a autoescola (aulas teóricas e práticas) e até o recolhimento das taxas do órgão de trânsito são custeadas pelo Governo do Estado.
O CNH MS Social vai beneficiar 5 mil pessoas em situação de vulnerabilidade social com acesso gratuito à primeira habilitação
Riedel lembrou que os beneficiários têm que passar pelo mesmo processo e enfrentar o mesmo rigor para conseguir a habilitação que qualquer outra pessoa. “Para a Kethelly, a nova CNH é sinônimo de liberdade, autonomia e independência. É um projeto que traz para pessoas como a Kethelly a capacidade de agregar renda e, principalmente, liberdade, no trabalho dela, no ir e vir, e sabemos como é complicado em uma cidade grande”, afirmou o governador.
“É um projeto que traz para as pessoas a capacidade de agregar renda e, principalmente, liberdade, no trabalho dela, no ir e vir” — Governador Eduardo Riedel
O diretor-presidente do Detran, Rudel Trindade, valorizou o cunho social do programa. “Foi um trabalho intenso. Foram 5 mil selecionados de 70 mil inscritos. Olha só o tamanho da demanda reprimida. Hoje foi a vez da Kethelly. Todo o processo de habilitação dela, que hoje custa de R$ 3 mil a R$ 4 mil, foi pago pelo Governo do Estado. Não é um processo fácil. Para receber a habilitação, tem que fazer exame médico, psicológico, teórico, prático”, explicou.