BRASÍLIA
A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, foi às redes sociais ontem (30) celebrar um ano de união com Lula e o PT. A ex-senadora sabe que publicações ao lado do presidente e de outros petistas irritam grande parte dos sul-mato-grossenses.
A data a que se refere a ministra marcou o primeiro ato público dela ao lado do então candidato petista, em 30 de outubro de 2022. Lula enfrentou o então presidente Jair Bolsonaro (PL) no segundo turno e venceu com diferença de pouco mais de 2 milhões de votos.
O apoio de Tebet não foi bem recebido por alguns setores da política, uma vez que a então senadora era adversária e crítica ferrenha do PT. Ela chegou a chamar Lula de “chefe de quadrilha” e o “grande orquestrador do petrolão”, que deu origem à Operação Lava Jato.
Na publicação de segunda-feira em seus perfis nas redes sociais, Tebet diz: “Há um ano, decidimos e agora reafirmamos a certeza de que estamos do lado certo da história. Firmes e fortes com @lulaoficial em nosso compromisso pelo Brasil, trabalhando pela reconstrução do país”.
A ida de Simone Tebet às redes sociais, no entanto, não ocorreu no momento adequado. Horas depois, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, deixou jornalistas falando sozinhos na coletiva de imprensa (ver vídeo).
Ele se irritou com perguntas sobre se o Governo federal manteria a meta de superávit fiscal em 2024. Sem responder pontualmente aos questionamentos, Haddad abandonou a sala de entrevistas.
O presidente Lula declarou que o país não teria condições de cumprir a meta estipulada para o próximo ano, o que gerou incertezas no mercado financeiro sobre a falta de compromisso do Governo com o equilíbrio fiscal.