EMANUEL ALMEIDA, DE BRASÍLIA
Dos 11 parlamentares de Mato Grosso do Sul no Congresso — três senadores e oito deputados federais — somente dois contribuem com a previdência especial dos congressistas.
O senador Nelsinho Trad (PSD) e o deputado federal Vander Loubet (PT) vão se aposentar pelo Plano de Seguridade Social dos Congressistas (PSSC) que, até 2019, antes da Reforma da Previdência, aceitava novos participantes.
O benefício, segundo a ONG Ranking dos Políticos, foi descontinuado graças ao claro privilégio que dava aos deputados e senadores que optavam por ingressar nele: após aposentado, receber integramente o salário de parlamentar, de até R$ 40,6 mil.
Apesar de ser impossível a entrada de novos membros, quem já fazia parte do PSSC pode continuar a contribuir normalmente para, no futuro, receber suas aposentadorias.
Segundo o Ranking dos Políticos, o plano custa cerca de R$ 89 milhões ao ano, mas as contribuições dos parlamentares que fazem parte dele somam a apenas R$ 12 milhões por ano. Ou seja, todo o ano o plano de previdência dos parlamentares gera rombo de R$ 77 milhões.
O plano custa cerca de R$ 89 milhões ao ano, mas as contribuições dos parlamentares que fazem parte dele somam a apenas R$ 12 milhões por ano
“A conta não fecha e é claro que o prejuízo desse sistema de privilégios é pago pelos demais brasileiros pagadores de impostos”, aponta a ONG.
Apenas 107 deputados e 28 senadores com mandato eletivo, segundo o Ranking dos Políticos, estão entre os que continuam fazendo parte do sistema e que poderão futuramente dar entrada em suas aposentadorias que, em algum momento, serão integralmente pagas pelos brasileiros.
Com informações da ONG Ranking dos Políticos