LARISSA ALMEIDA, DE BRASÍLIA
A ministra Aparecida Gonçalves, das Mulheres, maltratou a língua portuguesa durante discurso semana passada em evento sobre a desigualdade salarial entre homens e mulheres.
Ela estava acompanhada dos ministros Simone Tebet (Planejamento e Orçamento), Luiz Marinho (Trabalho e Emprego) e Esther Dweck (Gestão e da Inovação em Serviços Públicos).
Em dado momento, a auxiliar de Lula diz “lutano, falano e brigano”, ao contrário do uso correto das formas em gerúndio “lutando, falando e brigando”, o que gerou reações em diversas redes sociais, como Twitter, Facebook e Instagram. O vídeo viralizou (ver abaixo).
Embora seja natural de Clementina, interior de São Paulo, Cida Gonçalves começou sua carreira política em Campo Grande, ao ocupar funções públicas em 2000 no governo de Zeca do PT.
De acordo com a deputada Camila Jara (PT), Cida Gonçalves visitará o Estado na próxima quinta-feira (4). Além de Campo Grande, a ministra terá agenda em Dourados.
Em publicação nas redes sociais, a parlamentar convoca a militância para receber a ministra a quem atribui o papel de “inspirar gerações”.
Currículo
O MS em Brasília teve acesso ao currículo oficial de Aparecida Gonçalves. Não há informação sobre a formação escolar dela. Há apenas menções aos cargos públicos que ela ocupou durante mais de 20 anos.
“É especialista em gênero e em enfrentamento à violência contra mulheres e ativista de defesa dos direitos das mulheres há mais de 40 anos”, destaca o documento.
Para ser ministro de Estado, no entanto, não há obrigatoriedade de ter diploma de curso superior. O artigo 87 da Constituição de 1988 diz que “os ministros de Estado serão escolhidos dentre brasileiros maiores de 21 anos e no exercício dos direitos políticos”.
Cida Gonçalves tem salário de R$ 44.008,52, sem contar as despesas com cartões de crédito corporativo e eventuais cargos em conselhos de empresas e fundações.