CAMPO GRANDE
Está em operação desde o último domingo (21) a maior linha única de produção de celulose do mundo, instalada no município de Ribas do Rio Pardo, distante 100 quilômetros de Campo Grande, capital de Mato Grosso do Sul.
Com capacidade para produzir 2,55 milhões de toneladas por ano, o empreendimento é resultado de um investimento de R$ 22,2 bilhões, dos quais R$ 15,9 bilhões destinados à construção da fábrica e R$ 6,3 bilhões a iniciativas como a formação da base de plantio e a estrutura logística para escoamento da celulose.
Com o início das operações da nova unidade, a capacidade instalada de produção de celulose da Suzano salta de 10,9 milhões para 13,5 milhões de toneladas anuais, aumento de mais de 20% na produção atual da companhia.
A Suzano também tem capacidade para produzir 1,5 milhão de toneladas anuais de papéis, incluindo as linhas de papéis sanitários, de imprimir e escrever e de embalagens, entre outros itens que utilizam a celulose como matéria-prima.
A construção da unidade foi anunciada em maio de 2021 e, no pico da obra, mais de 10 mil empregos diretos foram criados. Com o início das operações, cerca de 3 mil pessoas, entre colaboradores próprios e terceiros, passam a trabalhar nas atividades industrial, florestal e de logística da nova unidade.
Para o governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel (PSDB), a parceria entre os setores público e privado no Estado tem dado demonstração de força, servindo de exemplo para que outros setores recebam investimentos e alcancem os mesmos êxitos.
Riedel destaca as políticas de atração de investimentos privados implementadas nos últimos 10 anos em Mato Grosso do Sul, cuja fase teve início ainda no primeiro governo de Reinaldo Azambuja, consolidou-se no segundo e teve continuidade em sua primeira gestão, a partir de 2023.
“Hoje, somos referência no setor de celulose, graças a uma série de esforços e fatores conjuntos, empreendidos pelo poder público e grandes grupos empresariais. O resultado de tudo isso é geração de empregos e mais dinheiro em circulação no mercado, fazendo a espiral da economia girar”, acrescenta o governador.
“O resultado de tudo isso é geração de empregos e mais dinheiro em circulação no mercado, fazendo a espiral da economia girar” — Governador Eduardo Riedel
Este é o maior investimento da história de 100 anos da Suzano, e possui uma série de avanços operacionais e socioambientais, alinhados aos “Compromissos para Renovar a Vida”, conjunto de metas de longo prazo estabelecidas pela companhia.
O secretário de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), Jaime Verruck, afirma que a Suano traz uma base florestal sustentável já praticamente constituída. “Isso faz com que Mato Grosso do Sul consolide o Vale da Celulose, um dos maiores produtores de celulose do mundo”, acrescentou.
O empreendimento já proporciona direta e indiretamente uma série de avanços socioeconômicos na cidade de Ribas do Rio Pardo e região. No aspecto ambiental, a fábrica possui o menor raio médio estrutural da base florestal entre as operações da Suzano, com um total de 65 quilômetros entre as áreas de plantio e a fábrica, inferior ao raio médio estrutural de 150 quilômetros. Essa característica única alcançada no projeto minimiza os custos logísticos e o impacto associado ao transporte da celulose.
A unidade de Ribas do Rio Pardo utiliza tecnologia de gaseificação da biomassa nos fornos de cal, e, com isso, o uso de combustíveis fósseis ficará restrito aos momentos de partida e retomada de produção.
A fábrica também será autossuficiente na produção de ácido sulfúrico, peróxido de hidrogênio e energia verde, com um excedente de aproximadamente 180 megawatts (MW) médios que atenderá os fornecedores satélites da fábrica, além de ser exportado para o Sistema Interligado Nacional (SIN). Essa energia de fonte renovável poderia abastecer mensalmente uma cidade com mais de 2 milhões de habitantes.
“Mato Grosso do Sul é hoje referência tanto na produção de eucalipto, como em produtividade, sustentabilidade e tecnologia”, complementou Verruck.
A construção da nova fábrica também contribuiu com a qualificação de mão de obra local, incluindo mais de 1,3 mil pessoas capacitadas para as operações industriais, florestais e logísticas da Suzano, além de cerca de 300 pessoas para o mercado de trabalho local nos setores de comércio e serviços, em parceria com o Senai e o Senac.
“Mato Grosso do Sul é hoje referência tanto na produção de eucalipto, como em produtividade, sustentabilidade e tecnologia” — Secretário Jaime Verruck
Adicionalmente aos recursos destinados à construção da fábrica, da estrutura logística e da formação da área de plantio que abastecerá a fábrica com eucalipto, a Suzano investiu mais de R$ 300 milhões em um amplo conjunto de iniciativas, incluindo a construção de unidades de moradia e centro médico, melhorias na infraestrutura local e apoio a projetos sociais.
Parte do Plano Básico Ambiental (PBA), o Programa de Infraestrutura Urbana aprovado em 2021 por representantes do poder público e da sociedade civil compreende 21 projetos nas áreas de saúde, educação, desenvolvimento social, habitação e segurança pública. As principais entregas incluem a ampliação do Hospital Municipal e as construções de uma Estratégia de Saúde da Família (ESF), de uma Casa de Acolhimento, de uma Delegacia de Polícia Civil e de uma Unidade Operacional da Polícia Rodoviária Federal (PRF).
O Projeto Cerrado está inserido no maior ciclo de investimentos da história da Suzano. Após desembolsar mais de R$ 50 bilhões entre 2019 e 2023, a companhia investirá R$ 16,5 bilhões neste ano.
Com informações da Secretaria-Executiva de Comunicação de MS