COLUNA VAPT-VUPT (*)
O governador Eduardo Riedel (PSDB) concluiu seus primeiros dois anos de governo com altos índices de aprovação popular. Resultado de uma gestão voltada para todos, com olhar especial aos mais pobres, à geração de empregos, à atração de investimentos e ao incentivo à produção sustentável, entre outros avanços.
Sabe-se que Riedel pegou a máquina estadual funcionando bem das mãos do seu mentor e criador político, o governador Reinaldo Azambuja (PSDB), que comandou o Estado por oito anos (2015-2022).
Reinaldo colocou as contas em ordem para, somente depois, desenvolver políticas públicas, sociais e econômicas que deram início a um processo de crescimento jamais visto.
O atual governador, no entanto, deu ritmo diferente a sua gestão ao concentrar seus olhares para fora do Estado, buscando investimentos onde eles estivessem nesses primeiros 24 meses. Daí os resultados conquistados nesse período, inclusive com menções a sua conduta e dinâmica pessoal, dentro e fora do país.
O atual governador, no entanto, deu ritmo diferente a sua gestão ao concentrar seus olhares para fora do Estado
Para coroar esses dois anos, Eduardo Riedel convidou o ex-senador Waldemir Moka (MDB) para fazer parte do seu governo. Moka será secretário de Relações Institucionais de Mato Grosso do Sul em Brasília, onde atuará como interlocutor do Estado nas discussões de projetos e ações com o Congresso e o Governo federal.
As qualidades do ex-senador devem ser ressaltadas — bom que se diga — para que o cidadão nunca deixe de cobrar atitudes republicanas dos eleitos. Os bons políticos existem e a pessoa de bem não pode refrear a busca por candidatos em condições de representá-la.
Médico e professor, Moka completará neste ano 47 anos de filiação ao MDB. Nunca trocou de sigla. Fidelidade é algo intrínseco ao político, que deixou a Medicina para, como diz sempre, trabalhar mais perto e pelas pessoas.
“A política, se feita de forma responsável e honesta, é das carreiras mais brilhantes”, costuma responder o ex-senador, quando questionado por que largou a Medicina e o Magistério para atuar na política.
As qualidades do ex-senador devem ser ressaltadas para que o cidadão nunca deixe de cobrar atitudes republicanas dos eleitos
O novo secretário de Riedel começou a carreira política em 1982, quando se elegeu vereador em Campo Grande. À época, Moka era um dos professores mais populares do Objetivo Dom Bosco. Lecionava Química a alunos do então terceiro ano do segundo grau e dos cursinhos pré-vestibulares.
Depois de ser vereador em Campo Grande, onde presidiu a Câmara, o médico e professor foi deputado estadual por três mandatos e deputado federal também por três mandatos. Em 2010, elegeu-se senador com mais de 540 mil votos.
Em 2018, Moka tentou a reeleição, mas perdeu a vaga nos últimos dias por apenas 15 mil votos. Foram eleitos Nelsinho Trad (PSD) e Soraya Thronicke (Podemos), que aproveitou o impulso da popularidade do então candidato a presidente, Jair Bolsonaro.
O novo secretário de Riedel começou a carreira política em 1982, quando se elegeu vereador em Campo Grande
De 2019 para cá, não se viu o ex-senador brigar por cargos públicos, ou causar mal-estar para ocupar espaço de poder. Esteve distante de polêmicas, assim como ocorreu em 36 anos de mandatos populares, quando passou ileso, sem responder a processos, até mesmo na Justiça Eleitoral, ou ser acusado de qualquer irregularidade.
Daí o golaço do governador Riedel de convidá-lo para fazer parte do seu governo, o que demonstra a sensibilidade e a convicção do tucano de que a política pode oferecer à sociedade pessoas qualificadas e, acima de tudo, que honrem mandatos — seja qual for a idade, se jovem de 20 e poucos anos, ou mulher e homem com mais de 70 anos.
De 2019 para cá, não se viu o ex-senador brigar por cargos públicos, ou bater boca para ocupar espaço de poder, nem mesmo dentro do MDB
Pode parecer contrassenso, em razão de algumas más escolhas feitas pelos eleitores, mas política é lugar de gente idônea, competente e justa. O contrário devia ser exceção e não regra.
Os maus só estão ou estarão em cargos públicos eletivos se os bons permanecerem em silêncio diante dos avisos e desígnios que receberem daqueles que os cercam.
(*) Vapt-Vupt é uma coluna do MS em Brasília com opiniões sobre determinado fato de interesse público