LABAREDAS, a coluna – Informações, análises e opiniões sobre o cotidiano
- PERDA DO MANDATO
O INQUÉRITO CONTRA o deputado federal Loester Trutis (PSL-MS), em que o Supremo Tribunal Federal investiga o suposto atentado a que o parlamentar teria sido vítima com seu assessor Ciro Fidélis, está andando rapidamente em Brasília. Relatora do caso no STF, a ministra Rosa Weber tem despachado quase que diariamente sobre o processo. O parlamentar foi preso no início de novembro, na Operação Tracker. Com Trutis, agentes da Polícia Federal encontraram armas de uso restrito das Forças Armadas e R$ 70 mil em dinheiro.
O suposto atentado teria ocorrido em 16 de fevereiro de 2020, quando o deputado se dirigia de Campo Grande para Sidrolândia. Tudo armado, segundo a PF no Estado. O roteiro da falsa tentativa de assassinato parece mais com filmes de ação de Hollywood. E o trabalho policial, digno das maiores investigações do mundo. Se o Supremo condenar o deputado pela farsa no atentado, porte e posse de arma de uso restrito, entre outros crimes, Trutis deverá ser preso e perder o mandato.
- ENVELHECEU CEDO
O RESULTADO DAS urnas nas eleições municipais deste ano deixou uma mensagem explícita aos futuros concorrentes a cargos eletivos: nada de candidatos falastrões, cujo maior argumento é dar porrada na mesa, nem outsiders, muito menos “novinhos” sem conteúdo, com rostinhos sem rugas. A nova política não durou nem dois anos. Envelheceu rapidamente. O eleitor mandou recado de que, antes de qualquer coisa, busca candidato experiente, com passado limpo, seja qual for a idade.
- EX-SENADOR
POR FALAR em experiência e seriedade, o ex-senador Waldemir Moka (MDB) não descarta disputar a eleição de 2022. Um dos maiores e mais respeitados políticos de Mato Grosso do Sul, Moka perdeu a reeleição em 2018 para a senadora Soraya Thronicke (PSL) aos 48 minutos do segundo tempo.
Com reeleição praticamente garantida, a onda bolsonarista tirou a vaga do médico, ex-professor de Química do Colégio Dom Bosco e do Curso Objetivo. Moka bateu no voto quem devia, como o ex-governador Zeca do PT e o ex-secretário de Obras do Estado Marcelo Miglioli. Mas, por fora, como numa corrida de cavalos, veio a surpresa com Thronicke. Há quem se arrependa até hoje da troca de Moka pela peselista que, aliás, virou oposição ao governo Bolsonaro.
- SUCESSÃO ESTADUAL
FALTA POUCO mais de ano e meio para iniciar o processo de sucessão do governador Reinaldo Azambuja (PSDB), que está no seu segundo mandato. A expectativa é de que as eleições de 2022 sejam as mais disputadas na história de Mato Grosso do Sul. A única certeza é que o candidato do governo será Eduardo Riedel, o condutor dos programas da gestão Reinaldo.
Riedel está sendo preparado para suceder o tucano a fim de dar sequência ao trabalho realizado desde 2015. Mato Grosso do Sul — nesse período — deixou de ser o patinho feio para se tornar um dos mais competitivos Estados do país. Riedel tem tido papel fundamental para consolidar o crescimento econômico do Estado, de maneira sólida e sustentável.
- FIM DO PSL
O PSL ESTÁ com os dias contados em Mato Grosso do Sul. Após se favorecer da onda bolsonarista de 2018, quando elegeu senadora, dois deputados federais e dois deputados estaduais, a legenda agoniza nas mãos da senadora Soraya Thronicke, presidente regional, e do deputado federal Loester Trutis, presidente do diretório de Campo Grande.
O deputado estadual Capitão Contar aguarda decisão do Tribunal Regional Eleitoral do Estado para se filiar a um outro partido. O deputado federal dr. Luiz Ovando mantém expectativa sobre a criação do Aliança pelo Brasil para também deixar a agremiação.