A Associação Médica do Rio Grande do Norte defendeu na quarta-feira o uso da Ivermectina como tratamento precoce contra a Covid-19, o que não tem respaldo científico nem das principais entidades médicas do país.
A defesa foi feita durante um evento para discutir as evidências científicas de que o medicamento tem eficácia contra a doença.
“Essa frase, no nosso meio, ‘fique em casa’, é abolida. Queremos que o paciente seja tratado o mais precoce (sic) possível”, disse Marcelo Matos Cascudo, presidente da associação, criticando a demora de pacientes em procurarem ajuda médica.
O evento contou com médicos e representantes da categoria, que endossaram o apoio.
Um deles foi o presidente do Sindicato dos Médicos do Rio Grande do Norte, Geraldo Ferreira, que afirmou ser loucura negar o uso desses medicamentos: “É uma loucura o que imprensa quer provar. Dizer que não se trata, que não funciona, que não vale a pena. Não é o que encontramos. O senso comum diz que não é assim”.
Outro participante também defendeu o uso da hidroxicloroquina: “Cada vez mais a hidroxicloroquina se fortalece das injustiças que recebeu durante esse tempo todo. Um medicamento tão importante quanto ivermectina”, afirmou o médico Fernando Brandão Suassuna.
Já a infectologista Iara Marques de Medeiros pediu para que os médicos adotem o tratamento precoce porque, segundo ela, há incerteza sobre a eficácia das vacinas.
“Diante do risco de chegada de cepas mutantes e da incerteza que vamos ter leito hospitalar para todo mundo e se as vacinas vão realmente proteger a população, nosso sentimento é de apelo aos colegas que ainda não se renderam à evidência da eficácia do tratamento precoce. Que eles abram o coração”.
Em Mato Grosso do Sul, o maior defensor do tratamento precoce é o médico e deputado federal Luiz Ovando (PSL-MS). Em entrevista ontem (quarta-feira) ao Grupo Feitosa de Comunicação, Ovando destacou a importância do tratamento e criticou orientações para que as pessoas fiquem em casa.
“Nós, que estamos na linha de frente de várias doenças, entendemos que a melhor orientação é para que as pessoas abram portas e janelas, que respirem ares limpos, para espantar o vírus, melhorar a imunidade”, afirma. “Aqueles que ditam as normas sobre o coronavírus estão em gabinetes, em frente do computador, no ar condicionado”.
Com informações de Naomi Matsui