De Campo Grande
Distante a 100 quilômetros de Campo Grande, Ribas do Rio Pardo receberá o maior investimento privado do país nos próximos três anos. A Suzano anunciou ao mercado que investirá R$ 14,7 bilhões na construção de uma nova indústria de celulose.
O Projeto Cerrado será instalado na cidade de 25 mil habitantes e a expectativa é que entre em operação no primeiro trimestre de 2024, gerando 10 mil empregos somente na obra. A indústria terá capacidade para produzir 2,3 milhões de toneladas de celulose de eucalipto por ano.
O anúncio representa importante conquista para o Governo do Estado que, dentro da política de atração de investimentos e ambiente de negócios, tem permitido a instalação de indústrias, com a geração de postos de trabalho.
O protocolo de intenções foi assinado quarta-feira (12), por videoconferência, entre o governador Reinaldo Azambuja e o presidente da Suzano, Walter Schalka, que teve a participação da ministra da Agricultura, Tereza Cristina, e do secretário de Infraestrutura, Eduardo Riedel.
A terraplanagem no município já começou, gerando intensa movimentação econômica no município. “Nosso governo preparou Mato Grosso do Sul para diversificar sua economia e se transformar em um novo celeiro de oportunidades de negócios. Temos investido em infraestrutura, garantindo competitividade aos produtos agrícolas. Nosso programa de incentivos fiscais tem gerado milhares de empregos e atraído mais indústrias, mantendo o ritmo do crescimento econômico em todo o Estado”, comentou o governador.
O anúncio da Suzano, segundo Reinaldo, demonstra que o Estado está no caminho certo. “Mato Grosso do Sul oferece oportunidades para todos, com sustentabilidade e qualidade de vida para nossa população”, completou.
Eduardo Riedel destacou que o Governo está construindo todas as condições necessárias para a implantação do Projeto Cerrado, que irá mudar o perfil econômico de Ribas de Rio Pardo. “Temos projetos de infraestrutura e logística que vão potencializar o escoamento da produção e dar condições da unidade operar por completo. Embora o projeto seja para Ribas do Rio Pardo, todo a região será beneficiada, como os municípios de Campo Grande e Água Clara”, pontuou.
Secretário de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar, Jaime Verruck lembrou que Mato Grosso do Sul é o segundo Estado no Brasil na produção de eucaliptos, com mais de 1,7 milhão de hectares plantados.
“A implantação da Suzano em Ribas do Rio Pardo vai transformar a região. A nossa quarta indústria de celulose no Estado, além de gerar milhares de empregos no período de obra e quando estiver concluída, é o modelo de empreendimento sustentável que estamos fomentando para o nosso Estado, seguindo o conceito de indústria 4.0, com autossuficiência em energia limpa e outras práticas”, explicou.
Para Walter Schalka, a nova fábrica representa importante avanço na estratégia de longo prazo da empresa. “A Suzano já está presente na vida de mais de 2 bilhões de pessoas a partir de seus produtos e, como líder global, está comprometida em atender à crescente demanda global por produtos de origem renovável. Este projeto também trará uma relevante contribuição na geração de renda e emprego, bem como na capacidade de captura de carbono advinda da expansão da base florestal”, afirmou.
Outro ganho a ser proporcionado pela nova fábrica para mitigar os efeitos das mudanças climáticas está relacionado ao aumento da oferta de geração de energia renovável no Brasil. A planta terá capacidade para exportar aproximadamente 180 MW médios ao sistema elétrico nacional. A nova unidade caminha para ser a primeira fábrica do setor de papel e celulose no Brasil, considerada livre de combustível fóssil, um novo marco da Suzano em ecoeficiência, que evidencia o compromisso com a sociedade e com o planeta.