As novas medidas de restrição para funcionamento do comércio em Mato Grosso do Sul contra a pandemia não desagradam apenas aos empresários. Médico há 45 anos, o deputado federal Dr. Luiz Ovando (PSL) faz duras críticas à repetição das mesmas estratégias que, segundo ele, têm-se mostrado ineficazes. As novas medidas entram em vigor na próxima segunda-feira (14).
Ovando defende outras formas de combate à Covid-19, como o tratamento imediato dos pacientes que apresentarem os primeiros sintomas da doença, e critica a falta de debate para buscar alternativas. “Por que o Estado não abre novas frentes de debate para encontrarmos solução para esse problema?”, questiona.
Em vídeo publicado sexta-feira (11) em suas redes sociais, o deputado desafia infectologistas a explicarem, por exemplo, o fato de o Estado ser um dos primeiros em vacinação e mesmo assim apresentar aumento de casos de Covid-19. Ovando cita epidemiologistas consagrados, como Donald Henderson, Marc Lipsitch e Michael Levitt, que, segundo ele, são contrários ao lockdown.
De acordo com deputado, é preciso que governadores e prefeitos ampliem o horizonte a sua frente, avaliando medidas tomadas em outros países. Menciona experiência do estado do Texas, nos Estados Unidos, que suspendeu o uso obrigatório de máscaras e viu o número de casos e de mortes reduzir, ao mesmo tempo em que, no mesmo período, Nova York registrou aumento.
O parlamentar indaga sobre o fato de 86% dos pacientes internados em CTI (Centro de Tratamento Intensivo), em Nova York, terem saído de isolamento domiciliar e, desses, apenas 1% moradores de rua. Reforça ainda que as medidas de restrição em todo o mundo aumentaram em 20% os casos de suicídio e em 40% os de depressão.
O parlamentar relata também que 64% das mortes por Covid-19 no mundo foram registradas em países que adotaram lockdown e 36% onde não houve. “São perguntas sem respostas. Enquanto isso, somos obrigados a engolir medidas sem experiência bem sucedida nenhuma”, afirma.
Sobre o uso de medicamentos antivirais de baixo custo, como cloroquina, hidroxicloroquina e ivermectina, o médico relata experiência bem sucedida em 52 municípios brasileiros, além de artigo científico publicado no American Journal Of Medicine, assinado por 23 autores, oriundos de 16 instituições de renome internacional, como o John Hopkins Hospital e Baylor Heart and Vascular Institute de Dallas Texas.
Ovando critica posicionamento do secretário de Saúde do Estado, Geraldo Resende, que estaria colocando a culpa no aumento de novos casos na população. “Se está havendo irresponsabilidade de parte das pessoas, por que não manda prender por desrespeito às orientações?”, indaga.