De Brasília
Os deputados federais Fábio Trad (PSD), Dagoberto Nogueira (PDT), Beto Pereira (PSDB) e Vander Loubet (PT) votaram contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do voto impresso auditável e ajudaram a arquivar a matéria na Câmara dos Deputados.
Para ser aprovada, a PEC precisava de pelo menos 308 votos, mas teve apenas 229 contra 218. Outros quatro deputados – dr. Luiz Ovando e Loester de Souza, ambos do PSL, Rose Modesto e Bia Cavassa, ambas do PSDB — foram favoráveis ao texto.
Um dos críticos mais ácidos do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), Fábio Trad classificou de “loucura” a proposta do voto impresso auditável. “Pronto. A loucura fabricada de (sic) Bolsonaro foi derrotada pela democracia intimorata. Agora, um recado a Bolsonaro: tenha a dignidade de enfrentar o Brasil real, a fome, o desemprego, a inflação e saia desta bolha que te faz governar para um Brasil que só existe na sua loucura”, afirmou Trad, em sua conta no Twitter.
Dagoberto Nogueira, além de afirmar que a PEC era “tentativa de desestabilizar a democracia”, ironizou colegas parlamentares que votaram a favor da matéria e pediu a renúncia deles. “Aqui pensando, se 229 parlamentares votaram A FAVOR do #votoimpresso e possuem tanta desconfiança das urnas eletrônicas, deveriam dar o exemplo de sua absurda defesa e renunciarem aos seus mandatos, não acham?”.
Beto Pereira atacou eleitores que enviaram mensagens a ele pedindo apoio ao voto impresso auditável. “Nunca fui um homem suscetível à (sic) pressões. Sempre me pautei por princípios, pela análise técnica e por minha consciência. Foi assim lá atrás quando relatei a reforma da previdência em MS, quando participei da comissão especial da Previdência Nacional e na votação do Coaf“.
Em outro tuíte, Pereira tratou a PEC do voto impresso auditável com indiferença: “Agora, na votação do tal voto impresso, porque auditável ele já é, atuei da mesma forma… Vou continuar seguindo assim, as vezes momentaneamente incompreendido, mas certo que estou fazendo o melhor!”.
O petista Vander Loubet comemou a derrota da proposta e disse esperar que o país “possa focar em temas mais importantes para a população, como vacinação, geração de emprego e renda e combate às desigualdades sociais. #votoimpressonão”..