CAMPO GRANDE
“O foco está na vacina. Não é momento para debater sobre o passaporte sanitário ou de vacinação”. A declaração é do presidente do Comitê Gestor do Programa Prosseguir, secretário de Infraestrutura Eduardo Riedel, em entrevista nesta nesta quarta-feira (29).
Com a decisão, o Governo do Estado “corta na raiz” a discussão sobre se o Governo iria ou não adotar as barreiras sanitárias para os sul-mato-grossenses. A polêmica começou quando o secretário estadual de Saúde, Geraldo Resende, defendeu na última segunda-feira (27) a adoção do passaporte em audiência pública na Câmara de Vereadores de Campo Grande.
Riedel afirma que o Comitê Gestor levou em conta o fato de o Estado estar avançado na vacinação dos moradores. “O passaporte tem sido usado em algumas cidades como alternativa para proteger o coletivo, mas o momento agora é de focar na vacinação”, reforçou.
O secretário tratou ainda da volta às atividades escolares, de forma 100% presencial, dos 205 mil estudantes atendidos pela Rede Estadual de Ensino (REE), a partir da próxima segunda-feira (4).
“Neste período de dois meses, a Rede Estadual de Ensino não registrou surtos de Covid-19 nas nossas escolas. Registramos somente casos pontuais, que resultaram no isolamento – mesmo quando eram apenas casos suspeitos – em conformidade com o Protocolo adotado pela Rede Estadual de Ensino”, afirmou o secretário de Estado de Educação em exercício, Édio Castro.
“O momento agora é de focar na vacinação” (Eduardo Riedel)
Riedel disse que o retorno às aulas representa um marco importante para volta à normalidade, destacando o empenho dos profissionais da educação no período pandêmico.
“Um dos momentos mais difíceis da pandemia foi fechar as escolas para conter a propagação do vírus. Vivemos agora este momento de trazer todos, de volta, às salas de aulas. Neste intervalo, os professores tiveram conduta irrepreensível, com dedicação e esforço para manter o aprendizado dos alunos”, afirmou Riedel.
Novas medidas
No novo bandeiramento do Prosseguir, 18 municípios foram classificados na bandeira vermelha, 29 na laranja e 32 na amarela. Nenhuma cidade na bandeira verde nem bandeira cinza (grau extremo). As novas definições do programa levam em conta a análise de indicadores da semana epidemiológica 39, com recomendações até 13 de outubro.
Comparando com a semana anterior, 42 municípios permanecem na bandeira — 18 progrediram e 19 regrediram.
Tratada como grau tolerável, a bandeira amarela, que propõe o funcionamento de atividades essenciais e não essenciais de baixo, médio e alto risco, estão Alcinópolis, Angélica, Aral Moreira, Bandeirantes, Bela Vista, Caarapó, Caracol, Corguinho, Corumbá, Douradina, Fátima do Sul, Figueirão, Guia Lopes da Laguna, Iguatemi, Inocência, Ivinhema, Japorã, Jaraguari, Jateí, Juti, Ladário, Miranda, Nioaque, Novo Horizonte do Sul, Porto Murtinho, Ribas do Rio Pardo, Rio Brilhante, Rochedo, Selvíria, Sete Quedas, Tacuru e Taquarussu.
“Um dos momentos mais difíceis da pandemia foi fechar as escolas para conter a propagação do vírus” (Eduardo Riedel)
Pela classificação laranja do Prosseguir, que recomenda atividades essenciais e não essenciais de baixo e médio risco, estão Água Clara, Anaurilândia, Aparecida do Taboado, Aquidauana, Bataguassu, Batayporã, Bodoquena, Brasilândia, Camapuã, Coronel Sapucaia, Costa Rica, Deodápolis, Dois Irmãos do Buriti, Eldorado, Glória de Dourados, Itaporã, Itaquiraí, Jardim, Laguna Carapã, Maracaju, Mundo Novo, Nova Andradina, Paraíso das Águas, Pedro Gomes, São Gabriel do Oeste, Sonora, Terenos e Três Lagoas.
No grau alto, categorizado pelo mapeamento vermelho e que recomenda apenas atividades essenciais e não essenciais de baixo risco, estão Amambai, Anastácio, Antônio João, Bonito, Campo Grande, Cassilândia, Chapadão do Sul, Coxim, Dourados, Naviraí, Nova Alvorada do Sul, Paranaíba, Ponta Porã, Rio Negro, Rio Verde MT, Santa Rita do Pardo, Sidrolândia e Vicentina.
Prosseguir
O Programa de Saúde e Segurança na Economia (PROSSEGUIR) foi criado com objetivo de estruturar um método baseado em dados, informações e indicadores capazes de nortear os diversos agentes da sociedade, principalmente os entes públicos, a tomarem suas decisões e tornarem suas ações mais eficientes no combate à propagação e aos impactos da Covid-19 em nosso Estado.